A música está sempre presente dentro dos carros, distraindo motoristas e passageiros durante o trajeto. Mas o que acontece quando acontece o contrário e são os carros que aparecem nas letras das músicas? A VRUM preparou uma lista, em ordem cronológica, das 10 vezes em que os veículos foram protagonistas em composições brasileiras.
Músicas com carros antes dos anos 2000
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Roberto Carlos – O Calhambeque
A música O Calhambeque é do terceiro álbum do cantor Roberto Carlos e foi publicada em 1964. Na música, Roberto leva seu Cadillac para consertar, mas acaba ficando sem carro durante o serviço. Para que o cantor não fique sem o que fazer, o mecânico oferece outra opção.
“Com muita paciência, o menino me ofereceu
Um carro antigo que apareceu lá
Enquanto o Cadillac estava sendo consertado eu usei
O calhambeque, bip, bip”
Mas apesar da música, na vida real, o “Rei” nunca fica sem o seu “cracker” para correr por aí. Em abril de 2024, o cantor foi visto dirigindo um potente Audi R8 Spyder conversível, avaliado em nada menos que R$ 1,5 milhão.
O carro, inclusive, foi protagonista de uma história engraçada em 2021, quando deixou o músico encalhado, ficando sem combustível quando estava a caminho da especial de final de ano.
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Wilson Simonal – Mustang cor de sangue
Lançado em 1969, no álbum “Alegria, Alegria Vol.3 ou Cada um Tem o Disco que Merece”. A canção é de certa forma uma crítica social à supervalorização dos bens materiais e à alienação causada pelo capitalismo industrial.
O Mustang é um carro de luxo, representa poder e status social. Outro veículo citado na música é o “Corcel Mel”, que surge como uma opção mais barata para quem, sem acesso a um Mustang, ainda buscava destaque social.
“A questão social
Industrial
Não permite e não quer
Deixe-me caminhar
Na janela um Mustang
Cor de sangue…”
Simonal, assim como outros artistas de sua época, sempre utilizou os automóveis como metáfora para falar de realização pessoal e liberdade. O carro era um símbolo de status e sucesso. Em outra música, “Carango”, lançada em 1966, o músico expressa: “Ninguém sabe o quanto eu trabalhei, Para ter fon fon, trabalhei, trabalhei, Para ter fon fon, trabalhei, trabalhei”.
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Raul Seixas – Ouro de tolo
A música Fool’s Gold, lançada em 1973, faz parte do álbum Krig-ha Bandolo.
Clássico do rock brasileiro, a música foi escrita em um período de grande repressão política e é uma crítica à associação da felicidade com os bens materiais, uma visão superficial do mundo.
O personagem da música, apesar de alcançar o “sucesso”, confessa que, em vez de ficar feliz, se sente decepcionado e frustrado.
O Corcel, um dos bens materiais citados, foi um modelo médio produzido pela Ford no Brasil de 1968 a 1986.
“Eu deveria agradecer ao Senhor
Por ter sucesso
Na vida como artista
eu deveria estar feliz
Por que consegui comprá-lo?
Um Corcel 73”
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Trio Parada Dura – Fuscão Preto
A música, de 1978, era originalmente da dupla Geovante e Mariel. Mas fez sucesso com a voz do Trio Parada Dura.
A modelo protagoniza uma história de amor que termina mal, onde um homem apaixonado vê sua amada beijando outro homem dentro do Fusca preto.
“Há pouco vi o Fuscão
E os dois juntos se apaixonando
Fuscão preto, você é de aço
Isso rasgou meu peito em pedaços.”
A música até virou filme. O filme “Fuscão Preto”, de 1983, gira em torno da filha de um fazendeiro, interpretada pela apresentadora infantil Xuxa. Acontece que o filme foi um fracasso de público, além de entrar para a lista de trabalhos meia-boca que Xuxa fez antes de se tornar verdadeiramente famosa.
Outra curiosidade importante é que, apesar do sucesso da música, os Fuscas pretos são muito raros hoje em dia, pois o modelo escuro lembra os veículos de radiopatrulha, muito presentes durante a ditadura militar.
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Mamona assassina – Nua em Santos
A música é a terceira faixa do álbum e foi lançada em 1995. A melodia é viciante e a letra é um convite romântico para a cidade de Santos, a bordo de um Volkswagen Brasília amarelo.
“Minha Brasília amarela
As portas estão abertas
Para que possamos nos amar
Nu em Santos”
Após a morte dos integrantes da banda, a famosa Brasília amarela, usada no videoclipe da música, foi sorteada no programa Domingo Legal do apresentador Gugu Liberato. Porém, o vencedor morava no Rio de Janeiro e teve problemas para licenciar o veículo, que acabou ficando quase uma década no pátio do Detran – RJ.
Em 2015, a família do cantor recuperou o carro e fez uma restauração. Brasília atualmente pertence ao pai de Dinho, que frequentemente exibe o modelo em eventos e exposições.
Músicas com carros depois dos anos 2000
Estilo musical surgido a partir dos anos 2000, a música sertaneja universitária, também se popularizou pela menção aos automóveis.
O gênero era muito popular entre os jovens, principalmente nas faculdades. A letra brincava com a situação dos universitários que tentavam ter os carros que mais “atraíam” as mulheres ou se gabava dos meninos que faziam sucesso com as meninas mesmo não tendo o veículo do momento.
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Gabriel Gava – Fiorino
“Em um Land Rover é fácil, é macio, é lindo
Quero ver o gato brincar no fundo do Fiorino
Em um Land Rover é fácil, é macio, é lindo
Quero ver o gato brincar no fundo do Fiorino”
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Munhoz e Mariano – Camaro Amarelo
“Agora sou tão doce quanto caramelo
‘Estou zombando com um Camaro amarelo
Agora você diz “venha aqui eu quero você”
Quando passo no Camaro amarelo”
Músicas com carros em 2024
A partir da década de 2000, além da música sertaneja universitária, gêneros como o funk também passaram a se interessar em incluir os carros como protagonistas de suas músicas.
Fenômeno muito presente no novo estilo musical, o “agro funk”, que mistura a rotina das fazendas e a personalidade cowboy com a ostentação do funk. E por conta disso, os veículos mais citados são as picapes, sucesso entre “agroboys” e outros veículos fora da estradacomo o Defensor.
Lançadas em 2024, as músicas integram o grupo de “exitos”viral, que com o fenômeno de “Tiktok” agora são acompanhados pelas “danças” criadas no aplicativo. Todo mundo quer aprender as coreografias e os vídeos de jovens, crianças e adultos entrando no “tendências“ocupar o Linhas do tempo de todos os celulares, transformando as letras em verdadeiros chicletes em nossas cabeças.
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Luan Pereira, MC Daniel e MC Ryan SP – Por dentro da Hilux
“Hilucão, e o sonolento, filme negro
Eles no corpo
Dentro da Hilux
Ela se move ao ritmo de tuts, tuts”
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Luan Pereira e MC Daniel – Juntam-se ao Defensor
“Entra o Defensor
Vamos, me surpreenda
Mostre-me o que você faz e eu te levarei para o céu
Deixe tudo de lado, o melhor ninguém descobre
Ela se amarra ao playboy de chapéu”
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Luan Pereira e MC Ryan SP – Ela enlouqueceu no Dodge Ram
“Ela enlouqueceu no Dodge Ram
Mordi aquele corpinho até de manhã
Ele provou o peão e o blogueiro virou fã
Movendo a mola Ram”
Carros e música geralmente andam juntos. Os cantores gostam de descrever suas experiências com automóveis usando melodias e ritmos. E as letras se tornaram populares e rapidamente se tornaram populares entre as pessoas.
- Estagiário sob supervisão do editor Enio Greco Confira os vídeos do VRUM nos canais do VRUM YouTube Isso éMovimento Diário
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