O presidente Luiz Inácio Lula da Silva manifestou, ontem, o desejo de que a Venezuela volte, o mais rápido possível, a fazer parte do Mercosul. O país foi suspenso em dezembro de 2016 por violar a chamada “cláusula democrática” do bloco – que afirma que qualquer nação que rompa com a normalidade institucional deve ser removida.
“O bom funcionamento do Mercosul, que agora tem a satisfação de acolher a Bolívia como membro pleno, contribui para a prosperidade comum. Esperamos também poder receber a Venezuela de volta em breve, e muito rapidamente. A normalização da vida política venezuelana significa estabilidade para toda a América do Sul”, disse Lula, ao lado do líder boliviano, Luis Arce, no encontro que tiveram em Santa Cruz de la Sierra.
Para Lula, é fundamental que o vencedor do processo eleitoral venezuelano — que ocorrerá em 18 dias — assuma o comando do país e que o resultado seja reconhecido pelo candidato derrotado. Nicolás Maduro, que disputa um terceiro mandato, tem como principal adversário Edmundo González —que lidera as pesquisas eleitorais.
“Esperamos que as eleições decorram sem problemas e que os resultados sejam reconhecidos por todos”, enfatizou.
Sem falar da Venezuela, Lula voltou a defender a democracia na região. Assim como havia feito na cúpula do Mercosul — em Assunção, no Paraguai —, ele relembrou a tentativa de golpe na Bolívia, em 26 de junho, e o ataque dos bolsonaristas à sede dos Três Poderes, em Brasília, em 8 de janeiro de 2023. Para o presidente, “não podemos tolerar devaneios autoritários e golpistas. Temos a enorme responsabilidade de defender a democracia contra tentativas de retrocesso. Em todo o mundo, a desunião das forças democráticas só serviu à extrema direita”.
Após a reunião bilateral com Luis Arce, Lula enfatizou a necessidade de maior integração entre os países do Mercosul. Isto porque, como destacou, esta relação entre as nações vai além das questões económicas.
“Não existe uma solução individual para nenhum país da América do Sul. Ou nos unimos, formamos um bloco, tomamos decisões conjuntas e executamos as decisões, ou continuaremos por mais um século como países em desenvolvimento. agentes públicos para combater o tráfico de pessoas e de drogas e melhorar a gestão migratória”, enumerou.
Disse ainda que espera que o acordo do Mercosul com a União Europeia (UE) seja concluído este ano. “Se depender do que fizemos até agora, assinaremos o acordo. Da nossa parte, está completamente pronto, está tudo acordado. O que resta agora é que os europeus ajam em conjunto e reduzam as diferenças entre eles” , ele afirmou.
Alegação suspeita
A corrida presidencial venezuelana é vista com suspeita por observadores internacionais e líderes mundiais. Tudo devido às manobras do governo e das instituições que controla — como a Comissão Nacional de Eleições —, que negou a inscrição a candidatos da oposição — primeiro a Maria Corina Machado e depois à sua substituta, Corina Yoris. Foram substituídos pelo ex-embaixador venezuelano na Argentina, Edmundo González Urrutia.
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