No mundo da ficção, vale tudo. Retratando inclusive cenas difíceis, gráficas, que despertam a imaginação do leitor para fazê-lo refletir sobre a realidade. Das agressões veladas do dia a dia aos grandes traumas da existência, esta lista elenca seis obras da literatura nacional para conscientizar sobre o impacto dos diversos tipos de violência na sociedade.
Afinal, nos livros também encontramos histórias que, embora fictícias, podem atravessar os debates atuais e nos ajudar a pensar em soluções para problemas reais. Confira a seleção abaixo!
1. O Fruto Proibido
Escrito pela advogada Carol F., “O Fruto Proibido” narra uma série de assassinatos de crianças em uma pacata cidade. Os casos mobilizam um grupo de policiais veteranos, que enfrentam desafios pessoais ao investigar a identidade do culpado.
A obra explora a violência em profundidade, mostrando como crimes e sombras do passado afetam a trajetória dos envolvidos. No estilo filme de açãoa narrativa intercala diferentes pontos de vista, inclusive do vilão, revelando complexidades humanas e dilemas morais que surgem no confronto com a brutalidade e na busca por justiça.
2. Onde está a mentira
Prestes a iniciar o penúltimo ano do ensino médio na prestigiada Academia Alfred Nobel, Sade Hussein, que até então estudava em casa, não imaginava que o desaparecimento de sua colega de quarto, Elizabeth, a tornaria a principal suspeita do caso.
Quando aparentemente nem todos se importam com o desaparecimento da estudante, cabe a Sade e ao melhor amigo da garota desaparecida, Baz, investigar o incidente. Neste thriller psicológico, Faridah Àbíké-Íyímídé denuncia a impunidade contra violência sexualalém de expor a desigualdade social, o preconceito de gênero e o racismo.
3. Requisito de Vida do Cachorro
Como um cenário de violência, medo constante e exclusão afeta a psicologia das pessoas? Para discutir o tema, o psicanalista e pedagogo Marcelo Barbosa escreveu “A vida de Cão do Requis”, fábula moderna sobre um personagem em situação de semi-abandono que não sabe se é um cachorro, um dinossauro ou uma pessoa.
Através da metáfora da desconexão com a própria identidade, o livro aborda as consequências da marginalização na rotina de quem mora nas favelas brasileiras. A construções foi construído a partir da união das experiências pessoais do autor, que cresceu na comunidade de Heliópolis (SP), com suas vivências no consultório terapêutico.
4. Baile de máscaras
Neste thriller psicológico, o leitor é levado a uma cidade fictícia do interior do Brasil, onde a violência é a moeda de troca. Durante um baile de máscaras, diferentes personagens escondem suas verdadeiras intenções. A grande questão é: quem assassinou, durante a festa de formatura, um mulher idosa que regressou à aldeia depois de anos afastada? É porque?
Entre idas e vindas no tempo, a trama de Lucas Pagani resgata o passado dos protagonistas, revelando uma teia de mentiras que atravessa gerações. Abordando feridas como esquemas médicos ilegais e rivalidades familiares, esta história questiona as máscaras humanas usadas para encobrir erros – e ações violentas.
5. Tia Beth
A obra de Leonardo de Moraes narra a ditadura militar Brasileira sob o olhar de uma mãe que perdeu um filho para o regime. Décadas depois dos trágicos acontecimentos, ela decide conversar pela primeira vez sobre suas memórias com um sobrinho que nunca viveu esse período histórico. Embora as gerações sejam diferentes, ambas percebem como o passado e o presente se unem em diferentes aspectos da sociedade.
6. Retorno ao útero
Na coletânea de poemas “Retorno ao Ventre”, o autor Jr. Bellé entrelaça a história da própria família com suas raízes kaingang e movimentos de resistência indígenas no sul do Brasil. Através de memórias, documentos históricos e um toque de ficção, a obra utiliza uma narrativa poética para expor a ocupação violenta de terras indígenas e a luta contínua desses povos pela demarcação e reconhecimento no país.
Também traduzido para kaingango livro celebra lideranças indígenas contemporâneas e convida a um novo olhar sobre a história dos ancestrais originários do Rio Grande do Sul e do Paraná, onde essas populações enfrentam a invisibilização há séculos.
Por Luisa Santini
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