O mundo de Cadeira está de volta neste sábado (13), às Caldeirão com Mion. Os calouros prometem entregar muito talento – ou não – e são julgados por jurados fixos Nany People, Robson Nunes Isso é Otávio Müller. E para ajudar nessa missão, a cantora Lindo e o comediante Marco Lucas Eles são os convidados do dia.
“Sempre fico muito feliz por estar com o Mion, um cara que me faz sentir muito em casa em todos os sentidos. Sempre que venho aqui sou bem recebido. A receptividade dele comigo é enorme, em forma de carinho, amor e respeito. Então, claro, entregamos o melhor, certo? Porque nos sentimos em casa”, conta Lindo no caldeirão. Além do desafio, ele canta sucessos de sua carreira como Farol das Estrelas, Desafio Isso é Derê.
Durante as apresentações, um calouro chamou mais a atenção de Lindo no caldeirão: Zé da Folha. Um artista natural de Piauí que é capaz de emitir som a partir de uma folha de planta: “Acho que o Zé da Folha tem uma abordagem muito natural, muito pura, tem uma arte que é única. Só ele pode fazer isso lá, ele descobriu isso. Você pode participar de uma aula de canto, piano ou violão para aprender. Mas seu desempenho é realmente puro. Do instrumento que é a folha, ele pega um som e cria naturalmente, em harmonia, com o timbre e tudo mais. Então a arte dele é única, é sensacional”, destaques Lindo.
‘Caldeirão com Mion’ recebeu Maria Bethânia e Caetano Veloso em abril
No dia 6 de abril, os irmãos Caetano Veloso Isso é Maria Bethânia conheceu no palco do Caldeirão com Mion para o Setlist especial Caetano & Bethâniaque celebrou a cumplicidade, a trajetória dos artistas e, sobretudo, a música.
Os filhos de Dona Canô (1907-2012), nascido em década de 1940em Santo Amarono Bahia, falam sobre a turnê que estreiam juntos em agosto, relembram momentos importantes de suas carreiras e são homenageados por diversos artistas presentes na plateia. Nomes como Regina Casé, Fátima Bernardes, Claudia Ohana, Dira Paes, Mart’nália, Andreia Horta, Maria Ribeiro, Rita Batista, Sandra Annenbergentre outros talentos e fãs, participem desta homenagem, assistindo e revivendo memórias de seus ídolos.
Durante a gravação, além de vivenciar as atuações desses dois grandes artistas, o público também presencia o grande carinho que existe entre os irmãos.
“Esse último disco dele me tocou muito. Quando ouvi isso fiquei maravilhado e disse a ele que era muito próximo de mim e muito comovente. Tem muito poder e muito drama, somados a uma voz e autora extraordinárias. Tinha toda a suavidade e uma potência musical que me arrebatou”, diz Maria Bethânia sobre Meu cocoo mais recente trabalho autoral de Caetano.
O cantor não escondeu o orgulho de ter seu trabalho reconhecido pela irmã mais nova: “A reação da Bethânia ao disco ‘Meu Côco’ foi uma surpresa para mim. Ela ouviu o álbum e ficou impressionada. Aí ela foi ver o show, e foi mais de uma vez (risos). Fora do comum. Fiquei super orgulhosa, ela falou com entusiasmo”disse Caetano em caldeirão.
Os convidados presentes fizeram diversas declarações emocionadas sobre a dupla, e amigos como Gilberto Gil, Alcione e Djavan enviou mensagens mostradas no programa. Mas o vídeo que mais os tocou foi uma gravação de Nicinha Veloso interpretando a música Alguém cantando. A irmã mais velha foi uma grande influência para os dois e sempre cuidou deles. Ela foi adotada por Dona Canô aos 3 anos. Nicinha morreu em 2011, aos 83 anose em segundo lugar Caetano ela era a mais musical dos oito irmãos.
No disco Qualquer coisa (1975), Caetano gravou uma música chamada Nicinhaem que ele diz: ‘Se algum dia eu conseguir cantar lindamente, será em grande parte por sua causa, Nicinha’.
“Ela cantou lindamente. Além de ela ser a primeira [dos irmãos], ela cuidou de mim durante toda a minha vida. Dentro do meu camarim, dentro da minha casa. É uma relação muito forte e de muita confiança mútua. Sinto e sinto muita falta dela. E agora ouvindo ela cantando com Caetano, fiquei muito emocionado. É lindo!”afirmou Bethânia no caldeirão.
Na plateia, o jornalista Sandra Annenberg e sua filha, Elisa Annenbergeles não esconderam sua emoção ao assistir Caetano cantando o clássico pequeno Leao, música escrita por ele. As duas, aos prantos, relembraram momentos da infância de Elisa em que sua mãe cantava essa música para ela.
Sandra Ele também relembrou como se tornou fã dos irmãos e passou esse amor para a filha: “Acho que esse é um amor que passa de geração em geração. Minha mãe me apresentou Caetano e minha ‘boadastra’ me apresentou Bethânia. Demorei muito para descobrir que eles eram irmãos (risos). E acho que passei esse amor para a Elisa. Acho muito bonito, não só esse patrimônio musical, mas o Mion trazer esses nomes para mostrar para todas as gerações: para quem já os conhecia e agora pode vê-los neste palco; e para os novos que são mais jovens. Caetano e Bethânia são eternos, isso é muito importante.”
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