Tamanho não é um documento. Os melhores perfumes estão nos menores frascos. Estes são alguns dos ditados usados para defender as pequenas coisas da vida. Eles cabem muito bem no Fiat 500, a releitura de um carro popular das décadas de 1950 e 1960, que é melhor que o original.
Lançada no Brasil em 2009, a segunda geração do Fiat 500, ou Cinquecento, era quase um carro de estilo de vida e de nicho. O estilo sempre foi o argumento principal, mas também conta com uma generosa lista de equipamentos, acabamento interno refinado e um pacote mecânico que pode até ser igual ao Palio do seu vizinho. Veja 10 curiosidades sobre o Fiat 500.
1 – Como foi a trajetória do Fiat 500
A releitura do Fiat 500 foi apresentada pela primeira vez em Turim, na Itália, exatamente no dia 4 de julho de 2007. O minúsculo carro foi inspirado nos formatos do Cinquecento lançado na década de 1950, numa Europa do pós-guerra em busca de reconstrução e de carros acessíveis e econômicos.
O subcompacto da marca italiana chegou ao Brasil em outubro de 2009. Começou importado da Polônia, com motor 1.4 16V de 100 cv. O alto preço fez dele um modelo bastante segmentado: desejado pelo público hipster, jovens casais sem filhos e interessados em design.
A relação custo/benefício do carrinho melhorou significativamente em 2011, quando o Fiat 500 começou a ser trazido do México. Além disso, o número de versões aumentou, com opções com o conhecido motor 1.4 8V Fire Evo flex, além do motor 1.4 16V MultiAir a gasolina. Ele experimentou as séries especiais Prima Edizione e Gucci.
Em 2013, o propulsor multiválvula passou a ser flexível e teve maior potência. As importações do Fiat 500 foram suspensas em 2015, o que só foi retomado em agosto de 2017, em versão única com motor Fire, mas que não durou muito.
O carrinho pequeno e estiloso não fez sucesso em 2018 no mercado brasileiro, onde vendeu 36 mil unidades. O Fiat 500 até voltou em 2021, mas em nova plataforma e 100% elétrico.
2 – Passado e futuro
No caso do Fiat 500 dessa fase que discutimos aqui, a marca italiana também quis surfar na onda retrô. Entre o final da década de 1990 e o início da década de 2010, não faltaram carros estilo vintage. A Volkswagen já havia lançado o New Beetle, a BMW reviveu o Mini e a Mercedes-Benz vendeu o Smart. Houve também a Chrysler com o PT Cruiser.
3 – Desempenho subcompacto
Vamos nos concentrar aqui nos modelos mexicanos com motores 1.4. O Fire de oito válvulas é bem conhecido dos clientes da Fiat. No Fiat 500, os 88 cv com etanol e 85 cv com gasolina dão conta do recado, ainda mais em um carro de dimensões enxutas e pesando 1.060 kg.
Com transmissão manual – esqueça as versões Dualogic, por favor – as largadas são modestas, mas eficazes. O motor responde bem e a aceleração de 0 a 100km/h leva pouco mais de 11 segundos – com etanol no tanque.
A pequena coisa é menos dura e funciona mais suavemente com o 1.4 16V MultiAir. No entanto, não se deixe intimidar pelos 107cv (e)/106cv (g) do pacote mecânico. Com transmissão automática de seis velocidades, a aceleração de 0 a 100 km/h leva mais de 12 segundos.
A transmissão automática do Fiat 500 funciona bem, mas falha em rotações médias, com certas imprecisões e buracos entre a terceira e a quinta marcha. Isso atrapalha um pouco as relargadas também, apesar do torque de 13,8kgfm(e)/13,6kgfm(g) aparecer a 3.800rpm.
4 – Espaço, conforto e dirigibilidade
Não há milagre. O Fiat 500 tem 3,50m de comprimento e distância entre eixos de 2,30m. É um carro para mulheres e homens solteiros, casais descolados sem filhos – e sem animais de estimação – ou como segundo veículo para alguém da família aproveitar.
O espaço para motorista e passageiro é suficiente e não apertado. Na parte de trás, até as crianças ficam apertadas e quase não há espaço para uma cadeira de bebê. Para acessar o espaço traseiro é necessário fazer contorções. O porta-malas é quase cenográfico: 153 litros.
Isso compensa com uma dinâmica bacana. O Fiat 500 é colado ao chão e a direção é bem direta, principalmente nas curvas. A carroceria tem grande rigidez e a suspensão lida bem com buracos.
5 – Tinha “cabrio”
O pequeno Fiat tinha uma variante 500C Cabrio. Mas não é realmente um conversível. Lançado em 2012, mantém as colunas central e traseira. A parte superior da lona se retrai e fica como um acordeão na parte de trás. A abertura e o fechamento podem ser feitos com o veículo em velocidade de até 80km/h.
O capô sanfonado vermelho é um charme a mais ao Fiat 500
Foto: Fiat/Divulgação
6 – Tinha veneno também
A opção mais bacana e diabólica do Fiat 500 foi o Abarth, que chegou por aqui em 2014. Elaborado pela divisão de performance da marca italiana (que trocou freios, suspensão etc.) e com motor turbo de 167 cv e 23 kgfm de torque a 2.500 rpm, o hot hatch acelera de 0 a 100 km/h em 6,9 segundos. A transmissão é manual de cinco marchas.
No design, faixas laterais (podem ser vermelhas, pretas ou brancas) e capas de espelhos repetindo o tom. Os pneus são mais largos (195/45 R16) e as rodas de liga leve de 16 polegadas são exclusivas da versão, que também se destaca pelas pinças de freio vermelhas.
No interior, os instrumentos incluem o nível de pressão do turbo. O volante tem base reta e costura vermelha. Os assentos anatômicos, revestidos de couro, eram oferecidos em preto ou vermelho e preto.
O teto solar é padrão nas versões mais caras do subcompacto da marca italiana
Foto: Marlos Ney Vidal/EM/DA Press
7 – Pacote de equipamentos
Para a época, o Fiat 500 já estava bem embalado. A partir dos modelos mexicanos, é equipado com airbags duplos, controles de estabilidade e tração, assistente de subida, Isofix, ar condicionado, trio elétrico, sistema de som e encosto traseiro rebatível.
As versões mais caras contam com airbags laterais, faróis de neblina e repetidores de piscas nos retrovisores. Entre as opções que podem ser encontradas nesses modelos, estão espelho retrovisor eletrocrômico, bancos revestidos em couro, ar-condicionado automático e teto solar.
Subcompacto da marca italiana tem versão 100% elétrica
Foto: Fiat/Divulgação
8 – Nossa dica para a melhor versão
As unidades do último lote de Fiat 500 a combustão do Brasil, de 2017, vieram em versão Cult única. E essa é a nossa sugestão. Apesar de oferecer apenas airbags duplos, é equipado com controles de estabilidade, tração e subida, Isofix, monitoramento de pressão dos pneus e faróis reguláveis em altura.
Ele também tem novas rodas de 15 polegadas e teto solar elétrico de série. Além do ar-condicionado, trio elétrico e direção hidráulica de série, oferece a central multimídia Uconnect com tela sensível ao toque de cinco polegadas, entrada USB e conexão Bluetooth, além de comandos no volante. Os preços variam entre R$ 58 mil e R$ 65 mil.
9 – Despesas de manutenção
Com motor Fire, o Fiat 500 não tem muito mistério. O conjunto mecânico é o mesmo de modelos como Palio, Uno e Siena, as peças são fáceis de encontrar e têm custo razoável. Além disso, é um motor com manutenção conhecida.
Peças Fiat 500 1.4 8V:
Conjunto de quatro pastilhas de freio dianteiro: de R$ 100 a R$ 160
Kit com quatro velas: de R$ 80 a R$ 120
Kit troca de óleo (3 litros 5W30 + filtro): de R$ 140 a R$ 260
Bomba de combustível: de R$ 150 a R$ 290
Conjunto de amortecedores traseiros: de R$ 430 a R$ 580 (par)
Farol dianteiro: de R$ 350 a R$ 500
Para-choque traseiro: de R$ 300 a R$ 600
Painel também em estilo retrô ganha destaque no interior do Fiat 500
Foto: Marlos Ney Vidal/EM/DA Press
10 – Principais problemas do Fiat 500
Muitos proprietários de Fiat 500 relatam ruídos de clique na direção e até falhas na assistência elétrica. O defeito pode estar no módulo ou sensor de direção. Mas se o conjunto tiver que ser trocado, a conta não custará menos de R$ 3 mil em uma revenda da marca italiana.
Outros defeitos relacionados ao Fiat 500 falam em desgaste prematuro de itens da suspensão, dificuldades no engate das marchas e problemas no eixo do motor, incluindo relatos de vazamentos de óleo lubrificante. Observe também a parte elétrica.
Modelo está equipado com rodas de liga leve de 16 polegadas
Foto: Marlos Ney Vidal/EM/DA Press
O Fiat 500 já foi convocado para campanhas de recall, sendo a primeira para substituição do pedal da embreagem nas unidades fabricadas de 2012 a 2015, e a segunda para substituição do cabo de seleção de marcha nos modelos produzidos em 2012 e 2013.
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