A rede social X, cujo dono, Elon Musk, apoia o candidato presidencial dos EUA, Donald Trump, permitiu que florescessem teorias da conspiração sobre o ataque sofrido pelo republicano, segundo relatório de uma ONG publicado nesta terça-feira (16).
Desde o último sábado (13), após o ex-presidente norte-americano levar um tiro na orelha durante um comício na Pensilvânia, no leste do país, esse tipo de publicação atingiu mais de 215 milhões de visualizações na rede social, segundo o Centro. Combate ao Ódio Online (CCHR).
A ONG chegou a esta conclusão depois de pesquisar no X as 100 publicações mais populares que continham os termos “encenado”, “falso ataque” ou “estado profundo” ligados à tentativa de assassinato de Trump.
A OX apenas rotulou “cinco destas publicações” para alertar que continham informações falsas, disse a CCHR num comunicado.
Entre as teorias mais populares destaca-se aquela que afirma que a tentativa de assassinato “veio de dentro”. A postagem acusa especialmente o Serviço Secreto, responsável pela proteção de figuras políticas, e tem quase 50 milhões de visualizações.
Outra postagem, que afirma que o ataque foi uma tentativa de criar histeria e ganhar apoio, foi vista mais de 10 milhões de vezes.
Além disso, cinco publicações, com uma audiência combinada de mais de 8,8 milhões de visualizações, ligaram a comunidade judaica à tentativa de assassinato, com base no facto de um dos atiradores do Serviço Secreto, acusado de hesitar antes de disparar, supostamente usar um fino cordão vermelho. , considerado um talismã contra o mau-olhado na tradição popular judaica.
Uma pessoa morreu e outras duas ficaram gravemente feridas no ataque a Donald Trump durante o comício. O evento foi o último antes da convenção republicana em que, na passada segunda-feira, o ex-presidente foi oficialmente nomeado candidato do Partido Republicano às eleições de 5 de novembro.
No último sábado, logo após o ataque, Elon Musk declarou publicamente o seu apoio ao ex-presidente.
Segundo o Wall Street Journal, o bilionário pretende doar cerca de 45 milhões de dólares (245 milhões de reais, a preços atuais) por mês a um grupo de apoio à campanha de Trump, para o qual também contribuem outras figuras da indústria tecnológica. .
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