Por Alexandre Vidigal de Oliveira* — Nos últimos tempos, as preferências político-ideológicas e o seu elevado nível de envolvimento, inflexibilidade e intolerância produziram um ambiente muito severo de dissidência e conflitos nas relações sociais, no que se convencionou chamar de polarização política. Associada a esta realidade e em consequência dela, outra tem chamado muita atenção e tem tido um impacto severo no ambiente empresarial/comercial e nas suas relações de consumo e procura e está relacionada com a rejeição que o consumidor tem de um produto ou marca pela figura pública — músicos, atores, atletas, jornalistas, apresentadores — a eles associada em peças publicitárias ou patrocínios, e pelo alinhamento político-ideológico ao qual a figura pública está vinculada.
Embora até recentemente a tradição do nome, a qualidade e o preço fossem os principais componentes diferenciadores nas escolhas dos consumidores e a associação da imagem de uma personalidade pública a uma marca ou produto só pudesse trazer efeitos positivos na dinamização da promoção e das vendas, atualmente esta mesma O relacionamento tem levado ao efeito contrário, em um ambiente de rejeição desejada de uma marca ou produto em função do nome público e da imagem a ele vinculada e do conhecimento que se tem sobre suas preferências ideológico-políticas. Este recente fenómeno de disrupção deliberada e boicote por parte de milhões de consumidores e o seu poderoso impacto comercial não podem ser ignorados e merecem a devida atenção por parte das empresas.
A situação de repulsa por uma marca ou produto torna-se ainda pior quando é potenciada pelo poder de influência das redes sociais e pela sua profunda capilaridade e capacidade de convencimento. E como se não bastasse o tamanho do alcance a um público muito diversificado, as redes sociais também têm uma velocidade extraordinária na divulgação de mensagens, o que reflecte o seu surpreendente poder de publicidade e influência. Casos recentes envolvendo instituições financeiras tradicionais, redes de varejo e supermercados, modelos de automóveis e muitas outras situações perturbaram o ambiente de negócios.
O cuidado na escolha de uma personalidade pública para ser associada a uma marca ou produto é um componente atual e real, de grande desafio, e que não pode ser negligenciado e tratado com indiferença na gestão empresarial, mas requer a atenção necessária por parte dos executivos e de seus tomadores de decisão. formação de corpos e evitar um cenário de comprometimento ou mesmo naufrágio do negócio. Com o dano causado, repará-lo pode ficar inviável. Quando o assunto é prevenção de riscos corporativos, cada detalhe merece um olhar atento!
*Alexandre Vidigal de Oliveira é advogado e sócio do Caputo, Bastos e Serra Advogados. Doutor em Direito. Especialista em Direito Empresarial e Prevenção de Riscos. Ex-Presidente do Conselho Diretor do Serviço Geológico do Brasil-SGB/CPRM. Ex-presidente dos Cons. Inspetor do Pré-Sal Pretoleo-PPSA. Foi Juiz Federal de 1991 a 2019.
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