A versão GR-Sport – sigla para Gazoo Racing, divisão de automobilismo da Toyota – ocupa a primeira posição na linha Hilux: é a única a receber a designação esportiva. Isso fica evidente em sua aparência, com grade e para-choque específicos e o logotipo do fabricante escrito por extenso. Existem também pára-lamas, que são funcionais porque os trilhos foram alargados. Mas será que tanta audácia visual se compara à dirigibilidade? Assista o vídeo!
Sim. A começar pela suspensão, que, além dos eixos mais longos, passou por uma reformulação. A arquitetura é, em linhas gerais, a mesma, com braços sobrepostos e molas helicoidais na frente e eixo rígido com molas semi-elípticas na traseira. No entanto, a Toyota Hilux GR-Sport utiliza amortecedores monotubo, montados fora das longarinas do chassi.
O objetivo das mudanças, segundo a Toyota, foi dar melhor desempenho à Hilux GR-Sport, principalmente em situações off-road. Assim, a altura em relação ao solo aumentou, chegando a 32,3cm. Os pneus de uso misto de perfil alto, montados sobre rodas de 17 polegadas pintadas de preto, também deixam essa proposta evidente.
As mudanças atingiram a parte mais importante de qualquer esportivo: o motor. Assim como o restante da linha, a Toyota Hilux GR-Sport vem com motor 2.8 turbodiesel sob o capô, mas com modificações, incluindo um novo turbocompressor, com geometria variável, e calibração eletrônica exclusiva. O resultado é um ganho de 20 cv de potência e 4,1 kgfm de torque, chegando a 224 cv e 55 kgfm.
Desempenho agrada
Quem conduz a Toyota Hilux GR-Sport notará em breve a maior diferença entre esta versão e a restante gama: a performance. É até surpreendente que um motor diesel de quatro cilindros possa fornecer acelerações e reinicializações tão rápidas. A Toyota Hilux GR-Sport não supera em termos de desempenho o Ford Ranger e o Volkswagen Amarok equipados com motores V6, mas está próximo.
Retrabalhar a suspensão também traz bons resultados. A Toyota afirma que o pacote Hilux GR-Sport foi desenvolvido para proporcionar o melhor comportamento dinâmico possível em estradas de terra, onde os componentes trabalham em altas frequências. Funcionou: a picape continua sob controle nas estradas rurais, mesmo em velocidades mais altas.
No asfalto, a Toyota Hilux GR-Sport também oferece dirigibilidade precisa. A estabilidade é muito boa para um caminhão de médio porte: nas curvas a carroceria rola pouco e o caminhão parece seguro. A calibração mais firme faz com que o captador salte menos nas ondulações, mas filtra menos imperfeições do piso, como costuras, valas e tampas de bueiros irregulares. Em qualquer caso, este resultado é absolutamente consistente com a proposta de uma versão desportiva.
Motor 2.8 turbodiesel desenvolve 224 cv
Foto: Jorge Lopes/EM/DAPress
A transmissão, automática de seis marchas, deve ser um pouco mais rápida na troca. Apesar de ser um pouco lento, pelo menos apresenta um bom dimensionamento. Além disso, possui paddle shifters no volante, que permitem ao motorista fazer mudanças sequenciais.
A direção, que mantém a assistência hidráulica, como no restante da linha, ficou um pouco mais firme e cumpre o papel de proporcionar maior controle em altas velocidades. Por fim, vale destacar que a versão GR-Sport é a única da linha Toyota Hilux que também conta com discos nas rodas traseiras. As respostas do sistema à travagem foram agradáveis durante o teste.
Consumo Toyota Hilux GR-Sport
Nas mãos da VRUM, a Toyota Hilux GR-Sport alcançou 9,2 km/l na cidade e 10,8 km/l na rodovia. Estes são bons valores de consumo para um caminhão médio a diesel. Veja os números do Programa Brasileiro de Etiquetagem Veicular (PBEV), do Inmetro, na ficha técnica.
As médias foram obtidas no modo de condução normal, mas a picape também conta com Eco, que altera a programação da transmissão automática e as respostas do acelerador. Há também a chave Sport, em que os mesmos parâmetros priorizam o desempenho.
Dentro da Hilux
O painel é feito inteiramente de plástico rígido e ainda conta com o relógio digital em posição central.
Foto: Jorge Lopes/EM/DAPress
Por dentro, as maiores diferenças entre a Toyota Hilux GR-Sport e as demais versões estão nos detalhes. O painel e as costuras do volante e dos bancos são na cor vermelha, e há apliques que imitam fibra de carbono. Combina com o estofamento em camurça preta. Uma placa no console central mostra o número do veículo. A versão topo de linha também conta com pedal esportivo, mas o volante é igual ao restante da linha.
Os instrumentos do painel também mantêm seus displays analógicos, apenas com nova grafia. o arcaico relógio digital, que desapareceu do Toyota Corolla, ocupa posição de destaque no painel da Hilux GR-Sport. A picape tem iluminação ambiente, com faixas de LED nas portas, mas, surpreendentemente, não há lâmpada simples no porta-luvas.
Quanto à ergonomia, não há o que reclamar: a coluna de direção tem regulagem dupla e o banco é ajustável eletricamente em altura. Os frontais são confortáveis e suportam muito bem o corpo. O acesso aos comandos é fácil.
Bancos apresentam revestimentos de camurça
Foto: Jorge Lopes/EM/DAPress
O banco traseiro tem desvantagens típicas de picapes construídas sobre chassi: assento muito baixo e encosto vertical. Lá o espaço é bom e há difusores dedicados para ar condicionado, mas não há portas USB. A largura é suficiente para acomodar um quinto ocupante sem ficar muito apertado. O console muito dianteiro incomoda os joelhos do passageiro central, mas pelo menos a projeção no chão não é muito grande.
O acabamento é um ponto fraco
O ponto fraco do interior da Toyota Hilux GR-Sport é o acabamento, que abusa do plástico. Não há borracha no painel nem nos forros das portas, que pelo menos possuem apoios de braços acolchoados. Ao redor dos difusores de ar você pode até sentir algumas rebarbas. Se nas versões de entrada esse ponto já é criticável, nas top de linha ele nem é citado.
Conectividade
Central multimídia Toyota Hilux GR-Sport comum às demais versões da linha. Possui tela de 9 polegadas e conexão sem fio para espelhamento de celulares Android Auto e Apple CarPlay. O manuseio é fácil, mas o equipamento é apenas mediano para os padrões atuais e não impressiona. Um problema é que a tela é muito baixa, o que dificulta um pouco a visualização. Há uma câmera traseira e uma visão de 360 graus.
Equipamentos Toyota Hilux GR-Sport 2024
POR GRAU |
Sete airbags (dianteiros, laterais, de cortina e para os joelhos do motorista), alerta de mudança de faixa, controle de cruzeiro adaptativo, alerta de colisão com frenagem automática, controle de velocidade em subidas, controles de estabilidade e tração, bancos revestidos em couro e camurça, banco do motorista com ajustes elétricos , ar condicionado digital com duas zonas de temperatura, rodas de liga leve de 17 polegadas, bloqueio do diferencial traseiro, controlador de velocidade em descidas, assistente de partida em subidas, central multimídia com tela de 9 polegadas, conectividade sem fio às plataformas Apple CarPlay e Android Auto e Bluetooth, traseira e 360º câmera, faróis de neblina, volante multifuncional revestido em couro com ajustes de altura e distância, travas e vidros elétricos, retrovisores com ajuste elétrico e rebatimento e sistema de som JBL com 6 alto-falantes, 2 tweeters e 1 subwoofer. |
OPÇÕES | Não há. |
Balde Toyota Hilux GR-Sport
O balde vem com protetor e capota marítima, mas a tampa é pesada e não possui trava elétrica
Foto: Jorge Lopes/EM/DAPress
A caçamba da Toyota Hilux GR-Sport é a mesma das demais versões, com volume de 1.000 litros. A capacidade de carga é de 1.000kg e a capacidade de reboque é de 3.500kg. O compartimento vem de série com protetor e capota marítima, mas falta iluminação, tomada de 12 Volts e mais ganchos de amarração: são apenas quatro.
Outro problema é que a tampa do balde não possui sistema de alívio de peso e, portanto, é muito pesada. Mais um inconveniente: a ausência de fechadura elétrica. Para bloqueá-lo é necessário recorrer à antiga operação manual.
Vale a pena?
O maior atrativo da Toyota Hilux GR-Sport é a dirigibilidade afiada, além do visual agressivo. Porém, o preço é muito alto: a picape esportiva custa nada menos que R$ 371.390. São, portanto, quase R$ 400 mil.
Essa é, antes de tudo, uma questão de mercado: afinal, a Hilux é líder de vendas no segmento de picapes médias há vários anos e tem ótima reputação. Devido à grande procura, a Toyota pode dar-se ao luxo de cobrar preços mais elevados do que a concorrência para todas as versões, e o GR-Sport não é exceção.
Mesmo que a Toyota Hilux GR-Sport tenha uma proposta única dentro desta faixa de preço, vale citar, para efeito de comparação, a Ford Ranger, atual referência na categoria, na opção top de linha Limited. Mesmo como pacote opcional, ele ainda é mais acessível, com preço de R$ 351.990. O concorrente não tem suspensão tão preparada para rodar em estradas de terra, mas conta com motor 3.0 turbodiesel com 250 cv de potência e 61,2 kgfm de torque, além de interior mais sofisticado.
Mudanças mecânicas proporcionam boa dirigibilidade à picape
Foto: Jorge Lopes/EM/DAPress
Ficha técnica: Toyota Hilux GR-Sport 2024
MOTOR | Dianteiro, longitudinal, quatro cilindros em linha, com pistões de 92mm de diâmetro e 103,6mm de curso, 2.755cm³ de cilindrada, 16 válvulas, com injeção direta e sobrealimentação por turbocompressor de geometria variável, diesel |
PODER | 224 cv a 3.000 rpm |
TORQUE | 55 kgfm a 2.800 rpm |
TRANSMISSÃO | Tração traseira, com opções 4×4 e reduzida, e transmissão automática de 6 marchas, com paddle shifts |
SUSPENSÃO | Dianteira, independente, com braços duplos, amortecedores monotubos e barra estabilizadora; e traseira com eixo rígido, amortecedores monotubos e molas semi-elípticas |
RODAS/PNEUS | 17 polegadas (liga leve)/265/65 R17 |
DIREÇÃO | Tipo cremalheira e pinhão, com assistência hidráulica |
FREIOS | Discos ventilados dianteiro e traseiro, com ABS |
CAPACIDADES | Tanque, 80 litros; capacidade de carga (passageiros e carga), 1.000 quilos; reboque (com freio), 3.500 quilos |
DIMENSÕES |
Comprimento, 5,32m; largura, 2,02m; altura, 1,83m; distância entre eixos, 3,08 m |
MEDIÇÕES FORA DE ESTRADA | Altura em relação ao solo, 32,3cm; ângulo de entrada, 30°; ângulo de saída, 24° |
BALDE | Volume, 1.000 litros |
PESO | 2.136 quilos |
CONSUMO* | Cidade: 8,6 km/l Estrada: 10,9 km/l |
Dados do fabricante; *Dados PBEV do Inmetro
- Confira mais vídeos VRUM em nossos canais YouTube Isso é Movimento Diário: lançamentos, testes e dicas
como pedir emprestimo no picpay
empréstimo mais barato
empréstimos pensionistas inss
empréstimos para aposentados do inss
empréstimo inss online
emprestimo consignado facil e rapido
crédito consignado aposentados
como conseguir empréstimo consignado
como conseguir emprestimo consignado
empréstimo para aposentado simulação