Ainda em desenvolvimento, produção de combustível sintético acarreta custos elevados
Foto: Petróleo Zero/Divulgação
No meio de preocupações crescentes com as alterações climáticas e a procura de alternativas sustentáveis, os combustíveis sintéticos surgem como uma ideia que pode revelar-se promissora. Recentemente, Ursula Von der Leyen, Presidente da Comissão Europeia, enfatizou a importância de uma abordagem tecnologicamente neutra para a transição energética, destacando que a eletricidade e os combustíveis sintéticos devem ter oportunidades iguais.
A partir de 2035, a União Europeia pretende proibir a venda de automóveis com motores de combustão interna movidos a combustíveis fósseis, permitindo apenas veículos que utilizem combustível sintético ou hidrogénio.
Combustíveis sintéticos: o que são e como funcionam?
O combustível sintético, também chamado de e-combustíveis, é produzido a partir da combinação do dióxido de carbono (CO²) captado do ar ou como subproduto de processos industriais com o hidrogênio verde, que é obtido pela eletrólise da água utilizando eletricidade de fontes renováveis. De tudo isso nasceu um combustível que pode ser utilizado em motores de combustão interna tradicionais, mas com balanço de carbono neutro. Isso significa que o CO² emitido durante a combustão é igual ao CO² captado na produção do combustível.
Apesar do grande potencial, a produção de combustível sintético ainda enfrenta diversos desafios. Atualmente, poucas fábricas operam em escala industrial. A maioria das instalações são plantas piloto ou experimentais, que produzem pequenas quantidades de combustíveis sintéticos, principalmente para testes em aeronaves e navios, setores onde a eletrificação enfrenta dificuldades práticas no curto prazo.

O hidrogénio verde é obtido através da eletrólise da água com recurso a energias renováveis
Foto: Porsche/Divulgação
Valor e disponibilidade de combustíveis eletrônicos
No mercado, a única gasolina sintética disponível para compra é a Zero Syn95, da Zero Petroleum, que custa impressionantes 2.841 euros por litro (R$ 17,1 mil) em latão especial de colecionador, ou cerca de R$ 346 por litro em galão na série Premiere Edition , disponível para entrega a partir de 2025. É sustentável para o meio ambiente, mas nem tanto para o bolso do consumidor. Os preços elevados reflectem a fase inicial e a baixa escala de produção de combustíveis sintéticos.
Diversas empresas e consórcios internacionais estão investindo na produção de combustível sintético. Um exemplo é a fábrica de metanol renovável George Olah, na Islândia, operada pela Carbon Recycling International (CRI). Desde 2012, a usina utiliza CO² captado de usina geotérmica e hidrogênio verde para produzir eMetanol, com capacidade anual de 4 mil toneladas. O metanol sintético, denominado Vulcanol, pode ser refinado para produzir combustível sintético ou misturado com gasolina convencional.
Outro projeto a considerar é a planta de demonstração Haru Oni no Chile, operada pela HIF Global. Com investimentos da Porsche, Siemens Energy, ExxonMobil e outras empresas, a planta começou a produzir metanol e gasolina sintética em 2023. Utilizando energia eólica para gerar hidrogênio verde, a produção inicial é de 350 toneladas de eMetanol e 130 mil litros de eGasolina por ano. A previsão é que esta produção de combustível sintético aumente significativamente, atingindo um milhão de toneladas de eMetanol até 2027.

Atualmente, a produção de e-combustíveis ocorre em escala experimental
Foto: Porsche/Divulgação
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