Cada mercado tem suas peculiaridades, mas é claro que em todo o mundo SUVs Eles se popularizaram entre os consumidores, virando uma verdadeira mania. E no Brasil, claro, não foi diferente. Eles viraram “favoritos” dos brasileirosalcançando o status de sonho de consumo para muitos. Isso resultou no desaparecimento de alguns segmentos, como peruas (peruas) e minivans. Mas atualmente, os sedãs médios estão sendo engolidos pelos SUVs, levantando a questão de saber se eles serão a próxima vítima.
Para tentar entender esse cenário, voltamos 10 anos no calendário e chegamos em 2014, período em que os sedãs médios eram muito fortes no mercado brasileiro. Quem tinha um modelo desse segmento na garagem era conhecido.
Como era a situação há 10 anos?
Naquela época, em 2014, o Toyota Corolla Já era o sedã médio mais vendido do mercado brasileiro, com 63.290 unidades. Então apareceu seu arquirrival. Honda Cívicocom 52.254 unidades cadastradas, o Chevrolet Cruze Sedã (24.506 unidades) e o Nissan Sentra (14.270), citando apenas os quatro primeiros colocados no ranking dos mais populares do segmento.
Com esse volume, o Toyota Corolla foi o 12º modelo mais vendido no mercado brasileiro. O segmento de sedãs médios teve 8,31% de participação de mercado, enquanto os sedãs compactos contribuíram com 3,45%, resultando em um total de 11,76%.
Em 2014, os sedãs médios enfrentavam a ofensiva dos SUVs, que estavam a todo vapor, numa fase de crescente participação de mercado. O Ford EcoSport, lançado em 2003, foi o modelo mais vendido, com 54.263 unidades, seguido pelo Renault Duster (48.865), Hyundai Tucson (18.176) e Hyundai ix35 (15.315). O segmento teve participação de 10,7% no mercado brasileiro.
Como estão os sedãs médios hoje no Brasil?
Atualmente, o Toyota Corolla continua liderando o segmento de sedãs médios, mas aparece com pouco mais de 20 mil unidades encomendadas de janeiro a julho, sendo o 19º modelo mais vendido no ranking geral do mercado brasileiro. Em 2023, nos 12 meses, o Corolla teve 42.925 unidades emplacadas, volume que o colocou na 18ª colocação no ranking geral.
Mas se a situação não é boa para o Toyota Corolla, você consegue imaginar os demais concorrentes do segmento de sedãs médios? O segundo colocado do segmento nos primeiros sete meses de 2024 é o Nissan Sentra, com 3.260 unidades emplacadas. Em seguida vêm o Selo BYD, sedã elétrico que teve 2.413 unidades emplacadas, o Volkswagen Jetta, oferecido apenas na versão esportiva, com 1.795 unidades, e o Honda Civic, agora apenas em versão híbrida única, mais sofisticada e cara, com 844. unidades.
Apenas para efeito de comparação, nos 12 meses de 2023, o Nissan Sentra teve 4.143 unidades emplacadas, o VW Jetta, 2.230, e o extinto Chevrolet Cruze Sedan, 1.278. No ano passado, a participação total do segmento de sedãs no mercado brasileiro foi de 16,6%, sendo 8,33% compactos, 5,1% pequenos e 3,2% médios.
A participação dos SUVs no mercado brasileiro em 2023 foi de 45,4%, sendo os modelos mais vendidos o VW T-Cross (72.440 unidades), Chevrolet Tracker (66.643), Hyundai Creta (65.817), Jeep Compass (59.106) e o VW Nivus (52.103).
SUVs crescem, sedãs médios caem
Nos primeiros sete meses de 2024, a participação dos SUVs já é melhor que a do ano passado, com 48%, trazendo os cinco modelos mais registrados: VW T-Cross (39.703), Hyundai Creta (37.812), Chevrolet Tracker (35.256), Nissan Kicks (33.999) e VW Nivus (31.436). O segmento de sedãs médios teve participação de 2,99% no período, e os sedãs compactos, 3,76%, totalizando 6,75%.
Uma diferença brutal entre os segmentos SUV e sedãs, principalmente se considerarmos os médios, que perdem volume a cada ano e têm menos opções.
O movimento da indústria automotiva indica uma clara preferência pelos SUVs, que representam maior valor agregado, são os ‘preferidos’ do consumidor e, consequentemente, aumentam a margem de lucro.
O segmento de sedãs compactos parece que vai resistir um pouco mais, ficando entre as opções mais baratas do mercado brasileiro. É um segmento que tem muita procura por frotistas, taxistas, motoristas de aplicativo e locadoras.
O segmento de sedãs médios parece estar em agonia, dando sinais claros de que está perdendo força e sendo invadido pelos SUVs. O Toyota Corolla é um bravo herói da resistência, mas resta saber por quanto tempo ele e os demais modelos do segmento resistirão à pressão. É esperar e ver.
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