conheça os carros com dois motores a combustão

Com o grande aumento veículos elétricos com dois motores, principalmente um na frente e outro na traseira, tornou-se comum. Porém, muito antes da chegada dos carros elétricos, alguns carros já eram equipados com dois motores a combustão e ofereciam desempenho extremo e curiosidades mecânicas.

Alfa Romeo 16C Bimotor

Desenvolvido por Luigi Bazzi e Enzo Ferrari para competir na categoria Fórmula Libre, o Alfa Romeo 16C Bimotore foi um dos primeiros exemplares de carros com dois motores. Lançado em 1935, o modelo utilizava dois motores de oito cilindros em linha, localizados um na frente e outro na traseira.

O modelo alcançava velocidades impressionantes em linha reta, mas seu desempenho nas curvas deixava a desejar. Apenas duas unidades foram construídas, e uma delas foi destruída pela equipe de Enzo Ferrari. Atualmente, uma réplica pode ser vista no Museu Alfa Romeo, na Itália.

MTM Bimoto Audi TT

Lançado pela fabricante alemã MTM, o Audi TT levou o conceito de dois motores a outro nível. Baseado na primeira geração do Audi TT, de 2002 a 2006, o carro contava com dois motores 1.8 turbo, um na frente e outro na traseira, ambos com câmbio manual de seis marchas.

O resultado? Uma velocidade máxima de 393 km/h, superando até mesmo o McLaren F1 em linha reta. Com potência entre 700 e 800 cv.

Volkswagen Scirocco Bimotor

Entre 1981 e 1992, o Volkswagen Scirocco Bi-Motor foi uma tentativa ousada da marca alemã de criar um carro de produção com dois motores. A ideia inicial era utilizar o sistema de tração quattro da Audi, mas, por limitações orçamentárias, optaram por colocar um motor adicional no porta-malas.

Embora o projeto estivesse próximo de ser comercializado, a FIA não permitiu a sua participação no Campeonato Mundial de Rally. Mesmo assim foram produzidos dois protótipos, um com motores 1.8 e outro com motores 1.6, sendo capazes de acelerar de 0 a 100 km/h em 4,1 segundos.

Lancia Trevi Bimotore

No final da década de 1980, a Lancia, sob a direção de Giorgio Pianta, lançou o Trevi Bimotore como laboratório para testar tecnologias que seriam utilizadas no famoso Rally Delta S4. Equipado com dois motores 2.0 Fiat Twin Cam e superchargers Abarth, o modelo entregava cerca de 150 cv por motor.

Mesmo não tendo tido sucesso comercial, o carro ajudou no desenvolvimento da tecnologia de tração integral que mais tarde seria utilizada nos ralis.

Hurst Peludo Velhos

O Hurst Hairy Olds era uma verdadeira lenda dos drag cars. Baseado no Oldsmobile 442 de 1966, o modelo tinha dois motores 7.0 V8, movidos por injeção de combustível Hilborn modificados para funcionar com uma mistura de nitrometano e álcool.

O resultado foi um carro que produzia mais de 2.000 cv, mas era difícil de controlar devido ao torque excessivo nas rodas dianteiras. A estimativa era que o modelo tivesse mais de 2.400 cv. Apenas duas unidades foram construídas, uma delas foi destruída durante uma exposição e a outra reside em um museu na cidade de Michigan, nos Estados Unidos.

Mercedes-Benz A38 AMG

Muito antes do lançamento do A 45 S, a AMG experimentou criar um Mercedes-Benz A38 AMG bimotor, baseado no A190 da primeira geração do Classe A.

O segundo motor, localizado na parte traseira, gerava tração na traseira e, portanto, o Mercedes hatchback tinha tração nas quatro rodas. O conjunto? Um 3.8 com 250 cv e 36,7 kgfm de torque – acelera de 0 a 100 km/h em 5,7 segundos. A velocidade máxima era de 230 km/h.

O modelo oferecia apenas uma transmissão manual de cinco marchas. Embora tenha sido um projeto experimental, ajudou a preparar o caminho para a criação de outros modelos AMG de alto desempenho nos anos seguintes.

Nissan 350Z de Ashley Robinson

Ashley Robinson levou o conceito bimotor ao extremo com seu Nissan 350Z modificado. Em vez do tradicional 3.5 V6 de 312 cv, optou por dois motores Honda K24 turboalimentados, um na frente e outro na traseira. Combinados, os motores geraram impressionantes 1.136 cv, transformando o carro em uma máquina de drift.