Porsche 911 Turbo: meio século de existência

Motor de combustão interna, ciclo Otto, sobrealimentado por turboalimentador não era a prioridade da Porsche. Em 1962 surge o Chevrolet Corvair (não confundir com o Corvette) com esta novidade, já utilizada muito antes em motores do ciclo Diesel. Era um motor de seis cilindros horizontais, opostos três por três, refrigerado a ar, 2,4 litros e apenas 151 cv. Contudo, a iniciativa não funcionou. A GM insistiu e lançou o Oldsmobile Toronado em 1966, com motor V-8 turbo, que logo foi abandonado. Houve também uma tentativa da BMW, em 1973, com o sedã Turbo 2002, que foi retirado de linha dois anos depois.

Coube ao 911 em 1974, no Salão Automóvel de Paris, insistir na solução. A Porsche costuma afirmar que foi o primeiro motor turbo de sucesso em carros de rua. A inspiração veio dos monstruosos (no bom sentido) modelos de competição 917/10 e 917/30 do início dos anos 1970. As versões mais potentes, com 12 cilindros de seis a seis cilindros opostos horizontalmente e também refrigeradas a ar, entregavam inacreditáveis ​​1.085 cv para corrida. curtas-metragens da série Can-Am, exibidos no Canadá e nos EUA, entre 1966 e 1974.

O primeiro modelo chamado simplesmente de Porsche Turbo (930, no jargão interno) tinha um motor três por três de seis cilindros opostos horizontalmente, refrigerado a ar, 3 litros, 260 cv, 35 kgf·m, acelerando de 0 a 100 km /h em surpreendentes (para a época) 5,2 se velocidade máxima de 250 km/h.

Meio século se passou desde a sua estreia e a maioria dos motores atuais do ciclo Otto utilizam a mesma solução Turbo, mesmo em modelos básicos de baixo preço. Porém, o 911 Turbo continua impressionando como poucos modelos superesportivos no mundo, já com refrigeração líquida, desde 1996. O atual motor biturbo, também de seis cilindros horizontais, 3,7 litros, 650 cv e 81,6 kgf·m, Ele acelera de 0 a 100 km/h em surpreendentes 2,7 e atinge velocidade máxima de 330 km/h.