Em dez anos muita coisa pode mudar e, no cenário automotivo moderno, não seria diferente. Em 2014 o carro mais vendido no país foi o Volkswagen Gol, o sedãs representado 29,66% do mercado zero km, enquanto SUVs eram apenas 10,98%. Atualmente, segundo dados da Fenabrave, os SUVs representam 48% do mercado, enquanto os sedãs, de todos os tamanhos, representam 15%.
Atualmente, o sedã mais vendido no país é o Chevrolet Onix Plus, que emplacou 39 mil unidades entre janeiro e agosto de 2024. Em 2014, o três volumes mais vendido foi o Fiat Siena, com 72.336 emplacamentos em oito meses.
Pelo contrário, o SUV O mais vendido há 10 anos foi o Ford Ecosport, considerado um dos precursores do segmento, com 36 mil unidades vendidas. Atualmente, o Ecosport não é mais vendido, e o líder do segmento é o Volkswagen T-Cross, com 46,8 mil emplacamentos.
Para efeito de comparação, 36 mil unidades é o volume de vendas em oito meses do quinto colocado do segmento, o Volkswagen Nivus.
Mas o que explica a queda nas vendas de sedãs?
Chevrolet Onix Plus
Foto: Jorge Lopes/EM/DA Imprensa
Segundo Cassio Pagliarini, da consultoria automotiva Consultoria Brilhanteessa queda nas vendas de sedãs reflete o desinteresse do público pelos carros desse segmento: “A queda nos sedãs se deve ao desinteresse por esse tipo de carroceria e à migração para outros segmentos. Um sedã e um SUV na mesma plataforma custam praticamente o mesmo e o consumidor vê mais vantagem em levar o SUV”, afirma o consultor.
Recentemente, o mercado de sedãs passou por diversas mudanças no Brasil. O Toyota Corolla Sempre manteve posição de destaque entre o segmento médio, mas perdeu a concorrência do Honda Civic, que hoje é importado da Tailândia e custa a partir de R$ 265,9 mil, cerca de R$ 65 mil a mais que o topo de linha Corolla.

A 11ª geração do Honda Civic chega ao Brasil com pacote híbrido e preço alto
Foto: 11ª geração do Honda Civic chega ao Brasil com pacote híbrido e preço alto
No segmento médio, o Corolla perdeu o Civic, seu principal rival em vendas, e o Chevrolet Cruze foi descontinuado. Apenas o Nissan Sentra despontou como verdadeiro concorrente no início do ano, já que o Volkswagen Jetta só é vendido na versão esportiva GLI. Em julho, a BYD trouxe o Rei, sonhando em assumir o tradicional sedã japonês.

BYD King é uma das principais apostas da BYD, apesar da queda no segmento de sedãs
Foto: BYD/Divulgação
Na opinião de Pagliarini, o sucesso do Rei estará condicionado à capacidade da BYD de divulgar o carro como uma boa opção no mercado, mas dificilmente atrapalhará o modelo Toyota.
“A chegada do BYD King não mudará a percepção dos sedãs. Se conseguirem transmitir uma imagem sensacional como o Corolla fez, poderão roubar uma parte do Corolla. Nossas projeções não indicam crescimento nos sedãs.”
Se entre os modelos médios alguns modelos foram descontinuados, ou vendidos apenas em versões caríssimas, é natural questionar se esse movimento não poderá acontecer nos segmentos menores.
Recentemente, o Viagem Não era mais oferecido e o sedã mais acessível da Volks passou a ser o Virtus. Não só a VW, mas outras marcas estão passando pelo processo de oferecer cada vez mais SUVs compactos em vez de hatchbacks médios, por exemplo. O especialista não espera que os sedãs desapareçam do mercado por enquanto.
“Acho que é difícil. Esses produtos [sedans] Eles são derivados de produtos hatchback e possuem economia de escala com outros produtos da linha”.
O que explica o crescimento dos SUVs?

Derivado do sedã, Corolla Cross já supera o modelo há algum tempo
Foto: Toyota/Divulgação
“Os SUVs cresceram muito porque os clientes veem valor e estão motivados a pagar um pouco mais do que pagam por um hatchback. Esses carros também incorporam mais equipamentos obrigatórios que os consumidores desejam.”
Existe um segmento que pode desacelerar, ou pelo menos reduzir, as vendas de SUVs?
Da mesma forma que os SUVs cresceram gradativamente para dominar o mercado, algum outro segmento poderá repetir esse movimento? Na opinião do especialista, existe um segmento com potencial de crescimento:

Fiat Toro criou segmento próprio e sempre foi sucesso de vendas
Foto: Divulgação
“As picapes de cabine dupla (Strada, Toro, Maverick, Montana) são veículos “um passo adiante”. Os consumidores que já compraram quatro ou cinco SUVs e buscam algo diferente procuram o segmento de picapes. Esse consumidor busca que as picapes tenham um veículo diferenciado e em alguns casos até mais capacidade de carga”, finaliza o especialista.
O mais recente representante deste segmento é justamente o Chevrolet Montana, apresentado em fevereiro de 2023. Mais recentemente, o Volkswagen confirmou a produção de uma nova picape no Brasil e tudo indica que se trata de um modelo intermediário, com estrutura monobloco para competir com Toro e Montana.
Além disso, o Renault já está trabalhando no sucessor do Oroch, baseado no conceito Niagara, que também será produzido pela Nissan. Até Toyota tem planos de desenvolver um modelo global abaixo da Hilux baseado na plataforma TNGA do Corolla e Corolla Cross, indicando que este segmento ganhará força nos próximos anos.
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