A retirada dos veículos sinistrados faz parte da operação de limpeza nas regiões atingidas pela maior enchente da história do Rio Grande do Sul. A Copart, que atua como parceira e prestadora de serviços das seguradoras, já começou a atuar nas áreas afetadas.
A empresa especializada em leilões está montando uma estrutura para ajudar as seguradoras a otimizar o resgate e o processamento dos veículos atingidos pelas enchentes. O projeto prevê 20 pontos de atendimento distribuídos em 15 municípios, incluindo Porto Alegre e Canoas.
Como a obra será realizada em uma região devastada pela enchente, toda a infraestrutura necessária está sendo levada ao Rio Grande do Sul, desde uma frota logística – como caminhões 4×4, guinchos, carregadeiras, carretas e caminhões cegonhas – até geradores, internet via satélite (Starlink) e salas de escritório.
Veículos serão vendidos em leilão pela Copart
O procedimento adotado é recolher os veículos sinistrados com guinchos e levá-los até locais onde os especialistas em seguros possam avaliar os danos. Posteriormente, esses veículos serão vendidos nos leilões da Copart, segundo a empresa, com total transparência. Vale ressaltar que os veículos não serão recuperados para serem vendidos.
Pela legislação brasileira, os veículos atingidos pelas enchentes são classificados como com danos moderados e estão registrados no documento. Para voltar às ruas, esse veículo precisa ser recuperado e vistoriado para verificar se está em bom estado.
A estratégia faz parte do Disaster Response Work, promovido globalmente pela Copart em resposta a eventos desse tipo. Um exemplo dos 40 anos de atuação da empresa foi durante o furacão Katrina, ocorrido nos Estados Unidos em 2005.
Milhares de veículos foram danificados por enchentes no Rio Grande do Sul
O número de veículos atingidos por esta enchente histórica no Rio Grande do Sul ainda não foi projetado pela Copart, mesmo com atuação próxima às seguradoras. Segundo Adiel Avelar, CEO da empresa, o número está na casa dos milhares. Infelizmente, o volume chegará a muitos milhares, já que, na enchente que assolou o município gaúcho de São Sebastião do Caí, só em 2023, foram resgatados 3 mil veículos. Agora imagine a quantidade de carros que foram afetados na região metropolitana de Porto Alegre, principalmente em regiões que concentram veículos, como concessionárias, oficinas e locadoras?
Com base na experiência da empresa nos Estados Unidos, onde esses fenômenos climáticos são frequentes, Adiel Avelar afirma que isso também tende a se intensificar no Brasil. Ele cita como exemplo o trabalho realizado pela Copart no ano passado, nas enchentes do Vale do Taquari (que abrange 40 municípios da região central do Rio Grande do Sul) e de São Sebastião do Caí, que retornaram este ano em maior escala. escala.