Quanto custa e quanto tempo leva para carregar um carro elétrico em casa?

Carros elétricos e também híbridos plug-in estão em alta no mercado brasileiro. Isto levanta muitas dúvidas sobre esta tecnologia inovadora. Principalmente devido ao tempo de recarga e aos custos de carregamento doméstico.

Quanto tempo leva para recarregar um carro elétrico?

Esta questão não tem uma resposta exata e depende de vários fatores, como a capacidade de recarga aceita pelo veículo, a potência máxima do carregador e até mesmo a rede elétrica onde o carregador está instalado. Outras variáveis, como as temperaturas ambiente e da bateria, também podem influenciar esse problema.

Tomada doméstica

Apesar de ser a forma mais simples de carregar um carro elétrico, usar a tomada em casa exige cuidados. Em fiações mais antigas, recomenda-se utilizar uma amperagem menor, o que faz com que a velocidade de recarga seja extremamente reduzida. Para obter melhor desempenho, a tomada deve ser aterrada e ter 220 volts e 20 Amps, garantindo a segurança da rede elétrica da casa e também do kit de bateria do carro.

O BYD Dolphin, carro elétrico mais vendido do Brasil, leva cerca de 10 horas para carregar de 0 a 100% usando uma tomada doméstica de 220 volts e 20 Amp, mas o tempo pode ser superior a 45 horas usando uma amperagem menor.

Esse tipo de recarga só é recomendado para casos de emergência, e muitos proprietários de carros elétricos utilizam essa opção em viagens onde o carro ficará parado por alguns dias, pois a potência máxima gira em torno de 3 kW.

Carregador de caixa de embutir

Os carregadores Wallbox são pequenas caixas fixadas nas paredes e permitem a recarga de carros elétricos. Este equipamento necessita de uma ligação robusta à rede elétrica e garante uma velocidade de recarga superior às tomadas domésticas.

Utilizando corrente alternada (CA), este equipamento tem potência de recarga de até 22 kW, mas nem todo carro elétrico utilizará necessariamente a potência máxima do equipamento.

O Renault Megane E-tech tem 7,4 kWh de capacidade de recarga AC e leva 9 horas e 15 minutos para recarregar as baterias de 60 kWh. No caso do Volvo EX30, por exemplo, as baterias de 69 kWh demoram 8 horas para recarregar.

Carregadores rápidos

Geralmente instalados em rodovias, os carregadores rápidos utilizam corrente contínua (DC) e têm esse nome porque possuem alta potência (150 kW) e podem fazer os carros recuperarem autonomia muito rapidamente.

Neste equipamento, um Volvo EX30 recupera de 10% a 80% da capacidade da bateria em 28 minutos a 175 kW. O Renault Megane E-Tech, por exemplo, pode atingir 80% em 30 minutos, utilizando no máximo 130 kW.

O BYD Dolphin e o Dolphin Mini recuperam de 30% a 80% em 30 minutos, enquanto o Seal se recupera em menos de meia hora.

Limite de carregadores rápidos em 80%?

Como você percebeu, os fabricantes anunciam tempos de carregamento de até 80%, mas isso não significa que os carros parem de recarregar após esse nível de bateria.

Como medida de segurança, a velocidade de recarga é reduzida após 80% para não superaquecer a bateria e assim garantir o prolongamento da vida útil do equipamento. Justamente pela redução na capacidade de recarga, as fabricantes não divulgam o tempo total de recarga rápida, bastando simplesmente conectar o carro no carregador para obter uma estimativa total.

Quanto custa carregar um carro elétrico em casa?

Neste caso, os valores também irão variar dependendo do tamanho das baterias que equipam o carro e do preço por kWh na residência onde o carro será carregado. Segundo a Cemig, o custo da energia em Belo Horizonte com bandeira vermelha 2 é de R$ 0,87/kWh. Para obter o cálculo, portanto, basta multiplicar o preço da energia pelo kWh da bateria do carro.

Voltemos ao exemplo do BYD Dolphin e suas baterias de 44,9 kWh, serão necessários 39,06 reais para recarregar a bateria do hatchback elétrico e percorrer 291 km (segundo o inmetro. Em média, cada km percorrido custa ao motorista 13 centavos).

Nos postos públicos pagos, além do custo do kWh mais caro, é também necessário pagar uma taxa pela utilização do equipamento, que está sujeita a diversas variáveis.