O nome Abarth pode causar dúvidas em quem passa por um Fiat Pulse ou Fastback no trânsito. Desde 2022, Fiat trouxe a marca de volta Abarth para o mercado brasileiro. Conheça um pouco mais sobre a Abarth e a sua relação com os automóveis Fiat.
A marca nasceu em 1949 com Carlos Abarth adquirir a Cisitalia, fabricante de chassis de corrida que enfrentava dificuldades financeiras. Abarth era o diretor desportivo da área de competição do fabricante e, após adquirir a empresa, passou a chamar os carros de Abarth Cisitalia.
Além de produzir carros de corrida e de competição, a Abarth passou a oferecer acessórios e peças para melhorar o desempenho dos veículos de rua da Fiat, Lancia, Cisitalia e Simca.
Na década de 1950, a marca se aproximou da Fiat e utilizou os carros da marca italiana em competições de carros esportivos ao redor do mundo, ganhando uma comissão da Fiat em caso de vitória. Mas a associação da Abarth não era exclusiva da Fiat. Nos anos 60 a marca também colaborou com a Alfa Romeo e até com a Porsche.
Em 1971, a Fiat adquiriu a Abarth e transformou a empresa no seu braço desportivo, tendo sido responsável pela preparação de modelos como o Fiat 124 e 131 para as competições de Rally.
Na década de 1970, os executivos da Fiat reuniram a divisão desportiva da Abarth e da Lancia para desenvolver automóveis de competição. Esta sinergia deu origem a modelos como o Lancia Beta Montecarlo, que venceu a 2ª divisão do campeonato mundial de automóveis desportivos, hoje equivalente ao Campeonato Mundial de Endurance (WEC). Posteriormente, a parceria criou o Lancia 037 que disputou o Mundial de Rally e conquistou o título de construtores de 1983.
A Abarth também foi responsável pela produção de versões mais potentes de carros da Fiat, Lancia e até da Autobianchi, outra subsidiária da Fiat nas décadas de 70 e 80.
Nos anos 2000, o movimento da Abarth era muito tímido, mas o Brasil teve seu primeiro contato com a marca após o lançamento do Stilo Abarth, em 2002. O hatchback era equipado com motor 2.4 de cinco cilindros do Marea, mas foi modificado para entregar 167 cv, em comparação com os 160 do sedã. A identificação Abarth do Stilo era muito simples, ao contrário de hoje.
Durante muitos anos, o único carro oferecido pela marca foi o 500 Abarth, que recebeu preparação especial e tinha motor turbo de 137 cv e até 167 cv.
O pequeno 500 Abarth ganhou uma versão “Ferrari Tribute” que contou com engenheiros da Ferrari em seu desenvolvimento e contou com rodas de 17 polegadas, cintos de cinco pontos e outros detalhes.
O 500 Abarth foi vendido no Brasil entre 2015 e 2016 e tinha motor de 167 cv.
Nova fase no mercado brasileiro
Em março de 2022, a Fiat anunciou a chegada da Abarth ao Brasil e que a marca teria espaços dedicados nas concessionárias Fiat. O primeiro lançamento foi o Pulse, que chegou em novembro do mesmo ano com motor 1.3 turbo de 185 cv, em vez do tradicional 1.0 turbo de 120 cv.
Em dezembro de 2023 foi a vez do Fastback receber o tratamento Abarth, mas nesse caso o motor 1.3 já vinha equipado com outras versões do SUV. Segundo a Fiat, os modelos recebem modificações mecânicas na suspensão
Além das modificações mecânicas, os modelos Abarth têm visual diferenciado e não trazem a logomarca da Fiat. Na frente, as quatro letras são substituídas pelo desenho do escorpião, tradicional mascote da marca – e símbolo de Carlo Abarth -, e na traseira, o nome Abarth dá o tom.
Por enquanto a linha Abarth no Brasil conta apenas com Pulse e Fastback, a expectativa é que seja oferecido o 500e Abarth elétrico, mas até o momento isso ainda não é uma realidade.
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