Híbrido básico flex da Fiat abre horizonte de crescimento firme

Batizado de Bio-Híbrido, é um recurso eficiente, ajuda a economizar combustível e aumenta os preços dos SUVs compactos Pulse e Fastback em apenas R$ 2 mil, ou seja, menos de 2%. No caso da cidade de São Paulo, maior mercado de veículos do país e da América Latina, ambos estão isentos de rodízio por conta do fim da matrícula, o que eliminará esse calvário sofrido pelos motoristas há 27 anos. Esse tipo de rodízio só foi reproduzido em Bogotá há alguns anos e não existe em nenhuma outra capital do Brasil ou do mundo. Na extremamente poluída Cidade do México, só é adotado para veículos com mais de 20 anos.

A iniciativa da Fiat é uma tecnologia de entrada e será complementada por mais três níveis até 2030, quando a Stellantis lançará seu primeiro modelo elétrico fabricado no Brasil. Essa data deverá ser antecipada caso ocorra a fabricação de baterias por aqui, anunciada recentemente pelos fornecedores. O Bio-Hybrid mostra-se eficiente como o primeiro passo na ampla combinação de motores térmicos e elétricos em harmonia. Tecnicamente classificável como semi-híbrido, cumpre a legislação nacional pertinente. A tendência está a alastrar rapidamente porque um menor consumo também significa menos emissões, especialmente CO2.

O sistema conta com bateria adicional de íons de lítio de 12 V, sob o banco do motorista, além de motor elétrico multifuncional reversível (partida e alternador), de 4 CV (3 kW), de funcionamento silencioso por utilizar correia. Isso faz a diferença em relação ao on-off tradicional. BSG, sigla em inglês para Belt Start Generator, foi utilizado pela primeira vez no sedã Toyota Crown Royal, nos EUA, em 2001. Hoje ele está em sua terceira geração, diversos fabricantes o utilizam e a bateria adicional pode ser de 12 ou 48 V. A engenharia brasileira aperfeiçoou o BSG para oferecer um preço atrativo.

Em teste nas ruas de Belo Horizonte (MG), foi possível comparar a diferença de consumo entre um Pulse convencional e um com Bio-Híbrido básico. Os percursos urbanos, repetidos um carro de cada vez, apresentam sempre variações. A economia média de etanol, entre 18 jornalistas, foi de 19%, o que considero muito bom e melhor que o padrão oficial do Inmetro (indica ganho de 10%). No uso rodoviário, não há diferença.

Preços: R$ 125.990 a R$ 140.990 (Pulse) e R$ 151.990 a R$ 161.990 (Fastback).

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