Golpes em postos de combustível: conheça os mais comuns

Abastecer o carro é uma rotina simples para milhões de brasileiros, mas também pode ser um campo minado para consumidores desavisados. Golpes praticado em postos de gasolina São mais frequentes do que muitos imaginam e vão desde fraudes no volume entregue até combustíveis adulterados que prejudicam o veículo.

Por isso, listamos alguns dos golpes mais comuns e explicamos como prevenir cada um deles. Lembrando que semana passada fizemos um artigo sobre o golpe da fumaça — leia aqui.

1 Combustível adulterado

Talvez o golpe mais comum em vários postos de gasolina seja a adulteração de combustível. Estações desonestas misturam produtos como solventes ou mesmo água em gasolina e etanolaumentando seus lucros e comprometendo a saúde do motor.

Esses aditivos não autorizados podem causar falhas de ignição, corrosão de peças e perda de desempenho do veículo. Para evitar essa dor de cabeça, abasteça em postos de confiança, de preferência aqueles de marca conhecida e que sigam rigorosamente as normas da ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis).

Preste atenção ao comportamento do carro após o reabastecimento. Caso perceba perda de potência ou o motor “engasgado”, procure imediatamente um mecânico, e de preferência evite retornar ao posto de gasolina.

Guarde a nota fiscal, pois ela será mais do que importante caso você precise denunciar irregularidades.

2 Fraude no volume de combustível: pagando pelo ar no tanque

Outro golpe frequente envolve bombas adulteradas que injetam ar em vez de combustível, enganando o motorista e cobrando um valor maior do que o devido. O consumidor acredita estar recebendo o volume mostrado no display do carro, mas na verdade parte dele é ar comprimido.

Para evitar isso, antes de iniciar o reabastecimento, verifique se o display da bomba foi zerado e acompanhe o processo de reabastecimento do início ao fim, preferencialmente fora do veículo, para monitorar possíveis inconsistências.

Em caso de dúvida, peça ao frentista que lhe mostre o volume real que foi adicionado ao tanque. Caso perceba algo errado, comunique a postagem às autoridades competentes.

3 Preço na bomba diferente do cobrado no caixa: o famoso “golpe do reajuste”

Essa prática ocorre quando o valor exibido na bomba não corresponde ao valor cobrado no momento do pagamento. Muitas vezes, o cliente só percebe o problema depois de já ter efetuado o pagamento, dificultando a contestação da questão.

Como evitar:

Antes de abastecer, confirme o preço do litro e o total estimado a ser cobrado.

Ao finalizar, verifique se o valor na bomba corresponde ao registrado na máquina de cartão ou na fatura.

Evite usar cartões contactless se não tiver certeza do valor exato da cobrança, pois isso dificulta a identificação de fraudes.

4 Troca de óleo desnecessária

Os frentistas dos postos de gasolina podem sugerir trocas desnecessárias de óleo ou filtro, citando riscos de danos ao motor. Isso acontece principalmente com motoristas que desconhecem o histórico de manutenção do veículo ou que confiam cegamente nas recomendações do posto de gasolina.

Para evitar essas práticas maliciosas, consulte o manual do proprietário do veículo para saber os intervalos corretos de troca de óleo e filtros, ou para evitar grandes dores de cabeça, diga “não, obrigado” quando perguntarem se é necessário trocar óleo, filtro, etc.

Faça manutenções periódicas em oficinas de confiança e evite realizar esse tipo de serviço em postos de gasolina, onde os preços costumam ser mais altos e a qualidade questionável.

Desconfie de diagnósticos alarmistas e peça sempre uma segunda opinião antes de autorizar qualquer serviço.

5 Interrupção do abastecimento antes do enchimento do tanque: “roubo” disfarçado de erro humano

Em alguns casos, o atendente pode interromper o abastecimento antes do enchimento do tanque, mas cobrar pelo volume total indicado na bomba. Essa prática pode passar despercebida caso o motorista não esteja atento ao painel do carro.

Portanto, observe atentamente o nível de combustível no painel após o reabastecimento. Caso não corresponda ao volume cobrado questione imediatamente.

Oriente o frentista a encher o tanque até que a bomba desligue automaticamente, evitando arredondamentos manuais.

Solicite a fatura detalhada e guarde-a como comprovante caso necessite registrar uma reclamação.

Mas a melhor solução de todas é: fique atento a cada etapa do processo de abastecimento, troca de óleo ou o que quer que estejam fazendo com seu carro para evitar fraudes em postos de gasolina. Caso você seja vítima de alguma prática irregular, denuncie imediatamente ao Procon ou à ANP, utilizando a nota fiscal como prova — portanto, guarde-a sempre.