O modelo Suzuki V-Strom 800 DE, apresentado mundialmente em novembro de 2002, chega oficialmente ao Brasil, via J.Toledo, produzido em Manaus, Amazonas. Ela chega para brigar no segmento das grandes trilhas tecnológicas e saiu com uma folha de papel em branco, com novo quadro, suspensões, eletrônica e, principalmente, o motor, mudando radicalmente o conceito.
A linha Suzuki V-Strom, lançada em 2002, com motor dois cilindros em V a 90 graus e 1.000 cm³, derivado do esportivo TL 1000S, teve um batismo pomposo. A letra V indicava a arquitetura do motor em forma de V. Porém, Strom deriva do alemão, significando algo como poderoso. O novo 800 aboliu o motor em V, adotando dois cilindros paralelos, porém, curiosamente manteve o nome V-Strom e, como bônus, adotou o DE, Double Explorer.
Detalhes do motor
Em um mini piloto de testes para verificar o ajuste e a ergonomia, foi possível, porém, se surpreender com o motor. Uma pegada notável, muito diferente do V2. A culpa é do inédito dois cilindros paralelos, DOHC, com 776 cm³ que produz 84 cv a 8.500 rpm e torque de 7,95 kgfm a 6.800 rpm. O intervalo de ignição é de 270 graus, o que aumenta o “baque” e produz um som mais rouco.
Para amenizar as vibrações, foi desenvolvido um sistema com dois balancins, que giram no sentido oposto aos pistões, neutralizando as vibrações. O motor também possui três modos de pilotagem e quatro níveis de controle de tração, incluindo G (Gravel) para cascalho e também desligado. Possui ainda câmbio de seis marchas, com embreagem deslizante e quick shift bidirecional, além de sistema que não deixa o motor “morrer” em baixas rotações.
Estrutura de aço e rodas raiadas
A estrutura é feita de tubos de aço, sendo a subestrutura removível. Como representante do off-road, as rodas são raiadas, com aro de 21 polegadas na dianteira e 17 na traseira, calçadas com pneus tubulares. A altura do assento é de 855 mm e a distância ao solo é de 220 mm. No entanto, o peso seco é de 230kg obesos.
A suspensão dianteira é Showa invertida com tubos de 43 mm de diâmetro e 220 mm de curso, ajustáveis. Na traseira, o sistema Showa mono, com 212 mm de curso, também é ajustável. O freio dianteiro possui disco duplo, de 310 mm de diâmetro, mordido por pinças radiais Nissin. Na traseira, disco de 260 mm, com pinça flutuante Nissin. O sistema ABS na roda traseira pode ser desligado.
Preço do Suzuki V-Strom 800 DE
O preço sugerido é de R$ 67.500 para versão única, com três opções de cores: cinza com detalhes em amarelo, o tradicional amarelo (cor da marca) com rodas douradas e preto. Entre as comodidades da Suzuki V-Strom 800 DE estão o para-brisa ajustável em três níveis, tomada USB e tanque de combustível de 20 litros.
O painel possui tela LCD TFT colorida de cinco polegadas, com dois tipos de apresentação: diurna e noturna, com mudança automática de visualização. O visual difere do tradicional na dianteira, com faróis e luzes de posição em LED miniaturizados e empilhados.
Suzuki GSX-8S
O modelo Suzuki GSX-8S compartilha o mesmo furioso motor paralelo de dois cilindros, com leves adaptações para rodar apenas no asfalto. O escapamento, por exemplo, tem saída curta e baixa. Como um carro pelado, o motor fica à mostra e tem números semelhantes aos do V-Strom 800 DE: 83 cv a 8.500 rpm e 7,95 kgfm de torque a 6.800 rpm. Ele também oferece uma aderência admirável, como visto no micro piloto de testes.
Um diferencial que chama a atenção é o peso seco de 202kg. É 28kg mais leve que seu irmão, o que pode ser atribuído à adoção de rodas de liga leve menores, com aros de 17 polegadas, calçadas com pneus tubeless. Além disso, o escapamento menor e o equilíbrio da suspensão traseira em alumínio contribuem.
Preço do Suzuki GSX-8S
O preço sugerido da Suzuki GSX-8S é de R$ 51.500 em versão única, nas cores azul, branco com rodas azuis e preta. O pacote eletrônico possui três modos de pilotagem: A, B e C, com entrega progressiva de potência. O controle de tração possui três níveis e ainda a possibilidade de desativá-lo. O modo G para cascalho também foi removido.
O que coincide com a Suzuki V-Strom 800 DE é a partida com um toque e o sistema que detecta qualquer queda nas rotações e as recupera para que o motor não pare. O quick shift bidirecional também é padrão, assim como o painel com tela TFT LCD de cinco polegadas, com modos de visualização diurno e noturno, além da entrada USB. O conjunto de iluminação LED com faróis empilhados também combina. A mini carenagem da Suzuki GSX-8S, porém, não traz a bolha.
Diferenças entre modelos
Na ergonomia da Suzuki GSX-8S tudo muda. O triângulo imaginário formado pelos pedais, assento e guiador torna a posição de condução mais desportiva. A altura do assento cai para 810 mm e a distância ao solo para 145 mm, mantendo a mesma estrutura em tubo de aço. O visual é diferente, com tanque de 14 litros e traseira curta.
A suspensão dianteira da Suzuki GSX-8S é Kayaba invertida com tubos de 41 mm de diâmetro e curso de 130 mm. A suspensão traseira também é Kayaba, mono, com 130mm de curso ajustável em pré-carga. O freio dianteiro possui disco duplo com diâmetro de 310 mm e pinças radiais Nissin. Na traseira, disco único de 240 mm de diâmetro também com pinça Nissin. Ambos com sistema ABS que não pode ser desligado.
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