Os carros eletrificados nunca foram tão populares no mercado brasileiro. Segundo a Fenabrave, foram vendidas 114.671 unidades em 2024, um aumento de 54% em relação aos 74.344 emplacamentos de 2023. É nessa lógica, e também por questões de legislação ambiental, que a Fiat apresentou seus primeiros híbridos produzidos no Brasil: Pulse e Fastback com híbrido leve, micro-híbrido ou MHEVcomo você quiser chamá-lo. Vale a pena comprar? É mais caro? Confira a crítica Pulso Impetus Híbrido 2025.
Antes de começarmos a falar do motor, vamos falar do carro. A versão Impetus é a segunda mais cara oferecida pela Pulsoperdendo apenas para o esportivo Abarth. O modelo é vendido pela R$ 144.990 e o pacote de equipamentos inclui os seguintes itens:
Em termos de equipamentos, não me decepcionei com o Pulse, muito pelo contrário, achei a lista de equipamentos muito interessante, principalmente na versão testada, a top de linha, que recebe o painel de instrumentos digital e bancos de couro. Porém, o modelo carece de controle de cruzeiro adaptativo, que o Nivus Comfortline já oferece, pelo mesmo preço.
O Pulse mede 4,09 metros de comprimento, 1,98 m de largura, 1,55 m de altura e distância entre eixos de 2,53 m. Essas medidas fazem do SUV compacto uma ótima opção para uso urbano, pois é fácil de manobrar. Com uma altura mínima do solo de 195 mm, buracos ou lombadas não são uma preocupação.
O porta-malas tem capacidade para 370 litros de volume e é suficiente para uma família de três pessoas ou uma viagem com quatro ocupantes. O espaço é suficiente para transportar confortavelmente quatro pessoas, desde que não sejam muito altas. Cinco pessoas podem sofrer um pouco, mas não será uma tortura viajar no Pulse.
Híbrido? Em teoria, sim. Na prática…
O principal atrativo do Pulse híbrido é justamente o motor híbrido. Como mencionado anteriormente, o sistema é um híbrido moderado, o que significa que não espere uma grande melhoria no consumo de combustível. A própria Fiat afirma que o sistema reduz em 10,7% o consumo de gasolina no Pulse.
O sistema híbrido do Pulse substitui o alternador e motor de partida por um motor elétrico de 3kW e adiciona uma bateria de íons de lítio de 11Ah trabalhando em conjunto com a tradicional bateria de 12V para fornecer energia ao motor elétrico.
Esse propulsor elétrico dá partida no motor de combustão do carro e pode enviar um pouco de energia para reduzir o esforço (e consequentemente o consumo de combustível), mas não consegue movimentar as rodas.
É justamente por não movimentar as rodas que não pode ser considerado um híbrido na prática. Antes de acusar a Fiat de ser enganosa, há base legal para chamar esses carros de híbridos.
Segundo a resolução 492/18 do Proconve, para um carro ser considerado híbrido ele deve ter 2% do seu consumo total de energia composto por energia elétrica, não sendo necessário que o motor mova as rodas.
Ao dirigir o Fiat Pulse híbrido, o motorista notará pouquíssimas diferenças. O mais notável serão as informações do fluxo de energia no painel digital. Ao acelerar até 3.000 rotações, a sensação é extremamente suave, quase imperceptível. É até possível ouvir o motor elétrico em funcionamento, mas apenas com os vidros dianteiros abertos e com ouvidos bem treinados.
Ao desacelerar, a velocidade de rolamento do carro é levemente reduzida, afinal, o motor elétrico passa a funcionar como gerador de energia para as baterias. Não é nada que incomode, mas sim uma diferença entre o conjunto mecânico híbrido e o somente a combustão.
Na prática, o sistema híbrido do Fiat Pulse pode ser até mais econômico, segundo medições do Inmetro.
Consumo “tradicional” do Fiat Pulse Impetus | ||
Cidade | Estrada | |
Etanol | 8,4 km/l | 10,2 km/l |
Gasolina | 12,1 km/l | 14,4 km/l |
Consumo do Fiat Pulse Impetus Híbrido | ||
Cidade | Estrada | |
Etanol | 9,3 km/l | 10,2 km/l |
Gasolina | 13,4 km/l | 14,4 km/l |
Como era de se esperar, o consumo urbano apresenta melhora, pois é onde o carro demanda mais energia, e o sistema híbrido, por fornecer potência até 3.000 rotações, fica em operação por mais tempo.
Em uso, os valores de consumo eram muito diferentes na cidade, e não consegui ultrapassar os 8 km/l com gasolina média.
Nas rodovias o cenário é diferente e o Pulse se destaca em consumo e desempenho. Potência não falta, nem para ultrapassagens e consegui em média 16 km/l nas viagens em rodovia, sempre respeitando os limites da rodovia e usando o controle de cruzeiro a meu favor.
Sistema híbrido funciona irregularmente
Por se tratar de um sistema simples e controlado pela unidade de controle eletrônico do veículo, era de se esperar que não existisse um modo de condução totalmente elétrico. Mas o sistema Fiat, ou pelo menos nesta unidade específica, o sistema híbrido funciona quando quer.
Nos primeiros metros com o carro notei que o indicador de potência não ficou azul, cor que indica que o motor elétrico está auxiliando o motor 1.0 turbo. Depois de cerca de duas horas dirigindo e subindo, notei os gráficos azuis no painel.
Isso se repetiu outras vezes, mas apenas com a peça que “injeta” energia no motor. A parte de regeneração de energia do motor elétrico sempre funcionou durante todas as desacelerações. Mesmo no alívio mais momentâneo do pé, o indício de regeneração estava presente.
Novamente, não sei se este é um problema específico desta unidade ou se é algo tradicional nos motores T200 Hybrid. Em breve teremos o lançamento deste conjunto nos Peugeot 208 e 2008.
Por que a Fiat usa esse sistema?
O sistema Mild Hybrid (MHEV) é uma alternativa rápida e barata que muitos fabricantes utilizam para eletrificar seus veículos. No caso do Pulse e do Fastback, a bateria auxiliar do sistema fica posicionada abaixo do banco do motorista, fazendo a única alteração na carroceria para acomodar o sistema. Um motor totalmente híbrido (HEV) ou mesmo plug-in exigiria mudanças estruturais mais robustas e dispendiosas, o que também aumentaria enormemente o preço das versões híbridas dos carros.
A ideia da Fiat é reduzir o mais rápido possível os níveis de emissões dos seus carros e o sistema é muito bom para isso. Segundo o Inmetro, os níveis de emissão do Pulse caíram de 44 NMOG+NOx (gases orgânicos não metano + óxidos de nitrogênio) para 42 NMOG + NOx.
Modelos mais sofisticados, como híbridos completos e plug-in, deverão ser lançados futuramente pela Fiat, que prepara uma geração totalmente nova de produtos.
O híbrido Pulse é mais caro?
Atualmente, o Pulse T200 Impetus tradicional é vendido por R$ 138.990, enquanto o modelo híbrido custa R$ 144.990.
Vale a pena pagar mais pelo híbrido?
Há uma diferença de 6 mil reais que não se justifica na economia, mas, dependendo do estado, o valor do IPVA (ou da isenção) pode fazer o híbrido valer a pena. No Rio de Janeiro, por exemplo, o Pulse tradicional paga R$ 5.559,60, enquanto o híbrido pagará R$ 2.174,85, ou seja, seriam necessários dois anos para compensar o gasto extra.
No longo prazo, outras questões deverão entrar em discussão, como: o valor da bateria de chumbo de 12V no modelo híbrido – que é diferente do Pulse a combustão – bem como o preço da bateria adicional de íons de lítio -, que também pode estar com defeito.
Conclusão:
Quem pensa no Pulse híbrido apenas pela economia de combustível vai se decepcionar, mas quem não se importa com isso e quer apenas um Pulse 0 km ficará muito bem atendido. Caso o cliente prefira modelos sem eletrificação, deverá ir imediatamente às lojas, pois a Fiat afirmou que deixaria de oferecê-los no início de 2025, mas o modelo ainda está disponível no configurador.
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