Quem nunca se desesperou com uma tempestade de granizo ou percebeu o início de um alagamento enquanto dirigia? Esses cenários são mais comuns de acontecer no verão, entre dezembro e março. Na semana passada, os municípios Minas GeraisRio de Janeiro, Pernambuco e Rio Grande do Sul registraram ocorrências de granizo. Descubra como proteger seu carro destas situações:
O que é granizo?
O granizo é simplesmente água sólida, ou seja, gelo, que atinge o solo. O processo de formação de granizo ocorre no interior das nuvens quando uma corrente de ar transporta gotículas de água da parte inferior da nuvem para a parte superior, onde a temperatura chega a -40 ºC.
Essa mudança de temperatura congela essas gotículas de água, que ficam pesadas e retornam para a parte inferior da nuvem, iniciando um ciclo que gera granizos maiores e mais pesados. A certa altura, a nuvem fica muito pesada e ocorre granizo.
O granizo pode variar em tamanho e atingir o solo em velocidades de até 160 km/h, o que pode causar grandes danos. Para entender como se proteger do granizo, conversamos com Dennis Castanheira, da Enjoy Corretora.
Que cobertura de seguro contratar?
Segundo Castanheira, o seguro pode ter diversas coberturas, mas para quem quer se proteger completamente é necessária a opção mais ampla:
“O seguro tem diversas coberturas e o que cobre esse tipo de evento, chamado de causas externas, é a cobertura abrangente. Existe o abrangente, contra roubo e para terceiros.
Não é possível contratar apenas cobertura contra danos por fatores externos, é preciso contratar uma cobertura abrangente para veículos, que cobre roubo, colisão, danos externos causados por queda de árvores, incêndio, alagamento”, afirma Castanheira.
No caso de uma tempestade de granizo, não é possível ter conhecimento dos danos até que estes aconteçam, pelo que uma cobertura mais ampla pode ser ideal:
“No caso de danos menores, você paga a franquia e a seguradora cobre os demais custos, mas no caso de danos mais extensos, será paga a indenização integral e não será descontada da franquia”, explica o corretor.
Como o seguro pode pesar no orçamento de muitos motoristas, o corretor explica que é possível contratar apenas coberturas mais básicas, contra roubo e furto, por exemplo, e utilizar coberturas adicionais, que são mais acessíveis e protegem contra danos específicos:
“É possível ter coberturas acessórias, como cobertura para vidros ou pequenos amassados. Nestes casos, o cliente paga uma franquia inferior e manda substituir as janelas ou reparar pequenos amassados por um profissional com martelo de ouro”, finaliza.
Uma seguradora pode recusar-se a indemnizar o cliente?
Quem contrata uma cobertura abrangente precisa ficar atento à forma como utiliza o carro, afinal isso pode fazer com que a seguradora recuse o reembolso.
Castanheira reforça que embora seu carro esteja segurado contra enchentes, por exemplo, correr riscos e tentar atravessar áreas alagadas não é o ideal, o que pode causar danos ao carro e a recusa da seguradora em pagar a indenização.
“A cobertura abrangente protege contra enchentes e enchentes, mas o segurado precisa ter cuidado para não correr riscos. Numa situação em que o carro fica parado no trânsito estacionado e a água sobe, o cliente estará seguro. Caso o cliente se arrisque ao atravessar uma área alagada e possua cunha hidráulica, a seguradora tem o direito de negar a indenização, pois o cliente assumiu o risco ao tentar atravessar a área de risco”, explicou o corretor.
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