O Chevrolet Ele está comemorando 100 anos no Brasil e, para marcar a data, divulgou um vídeo publicitário narrado pela atriz Fernanda Torres, vencedora do Globo de Ouro para o filme “I’m Still Here Here”. No entanto, a produção alegou erros apontados por um antigo entusiasta de carros, que comentou a cronologia dos modelos que aparecem. Chevrolet explicou que não há erros, mas uma abordagem artística.
O empresário e anti -Sports Gustavo Brasil foi quem apontou as falhas em seu Instagram. Ele elogiou a produção e reconheceu a importância do vídeo para a história de ChevroletMas comentou que a passagem do tempo dentro do vídeo não corresponde à realidade.
Um dos equívocos apontados por Gustavo acontece na representação do Chevrolet Master. O modelo, fabricado entre 1934 e 1938, aparece no vídeo associado ao movimento de voto feminino no Brasil. O problema, de acordo com Gustavo, é que a conquista das mulheres nas pesquisas ocorreu antes do lançamento do carro.
Em 1932, durante o governo de Getúlio Vargas, o movimento foi regulamentado, permitindo que as mulheres votassem pela primeira vez nas eleições de 1933. Ou seja, quando o Chevrolet Master foi lançado, a lei já estava consolidada.
Chevrolet, no entanto, respondeu às críticas afirmando que o filme publicitário adota uma proposta artística e não documentária. A montadora explicou que a produção presta homenagem às grandes conquistas sociais, tecnológicas e econômicas do Brasil no século passado, reforçando o contexto e o tempo em que os veículos importantes da Chevrolet estavam presentes, sem manter a precisão das datas.
No caso de Chevrolet Master, a marca afirma que o modelo foi lançado no mesmo contexto do fato histórico retratado, pois a votação feminina foi incorporada à Constituição de 1934, dentro do período de produção do carro.
Outro erro apontado por Gustavo foi a aparência de um Chevrolet Opal em cenas de Brasília. O anticalista diz que o erro é retratar a construção da capital federal com o sedan, quando a cidade começou a ser erguida em 1957 e foi inaugurada em 21 de abril de 1960 pelo então presidente Juscelino Kubitschek.
A primeira opala foi lançada apenas em 1968, oito anos após a inauguração da cidade, o que torna sua presença impossível durante as novas obras de capital, de acordo com Gustavo.
Chevrolet também se posicionou nesse ponto, dizendo que Brasília é apresentada no contexto de seu desenvolvimento como capital, não em sua inauguração.
Segundo a montadora, a cidade já foi retratada já estabelecida, com seu eixo monumental concluído e sua vegetação consolidada. Assim, o Opal – Modelo 1969 – parece mostrar o período de crescimento da cidade, não sua construção.
A celebração de 100 G foi em 26 de janeiro deste ano, então a montadora americana é a segunda mais velha do Brasil, atrás da Ford, que tem 105 anos. O vídeo mostra a evolução da marca nos últimos 100 anos, conectando seus modelos aos momentos notáveis da história brasileira.
Além de colocar eventos como a conquista do voto feminino, o movimento direto e as Copas do Mundo, a produção também enfatiza a chegada dos veículos elétricos da Chevrolet.
O filme foi produzido pelo Vetor Zero e assinado pela WMCCann Agency, integrando uma estratégia de divulgação de 360º, com inserções de TV, plataformas digitais, móveis urbanos e até ações interativas no Spotify.
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