A Caoa Chery é uma das novas marcas do Brasil e o Tiggo 7 é um de seus modelos mais recentes. Lançado há cinco anos, o Caoa Chery Tiggo 7 trouxe requinte à então recente marca sino-brasileira – e para competir no segmento de SUVs médios com preços agressivos. Algo que continua até hoje com o modelo no mercado de usados.
Confira os prós e contras do Caoa Chery Tiggo 7, que neste curto período de vida já trocou de motor, foi reestilizado e ainda ganhou uma versão híbrida. E revela-se uma boa opção para um SUV usado espaçoso e equipado. Veja 10 curiosidades sobre o Caoa Chery Tiggo 7.
1 – Como foi a trajetória do modelo no Brasil?
O Caoa Chery Tiggo 7 foi lançado em fevereiro de 2019 como o terceiro produto da marca no Brasil. Fabricado em Anápolis (GO), chegou ao mercado com duas versões e o mesmo motor 1.5 turboflex do compacto Tiggo 5x.
Mesmo com a boa relação custo/benefício, os primeiros anos foram difíceis para o SUV médio. Tanto que, com menos de um ano de mercado, a Caoa Chery teve que reduzir os preços do Tiggo 7 em quase 15%.
Não demorou muito também e em 2021 o utilitário esportivo foi reestilizado e as versões atualizadas ganharam o sobrenome Pro. Paralelamente, a linha 2022 do utilitário esportivo passou a oferecer o motor 1.6 a gasolina mais potente nessas configurações.
Em 2022, o Caoa Chery Tiggo 7 estreou a opção híbrido suave. No mesmo ano, ganhou o pacote Max Drive, com itens de assistência à direção.
O movimento mais recente na linha ocorreu no ano passado. Na esteira dos incentivos governamentais, a Caoa Chery criou a configuração Sport do Tiggo 7 com relação custo/benefício ainda mais atrativa. Atualmente é a versão mais vendida da linha.
2 – Outro nível
O Caoa Chery Tiggo 7 foi um dos primeiros a criar uma imagem mais refinada para a marca no Brasil. Até 2019, a montadora produzia apenas os compactos Tiggo 2 e Tiggo 5x, mas o novo utilitário médio elevou a fasquia. Começando pelo nível de construção, com 60% da carroceria em aço ultra-resistente.
Além disso, adotou um conjunto de suspensão refinado, com múltiplos braços na traseira. Some-se a isso o acabamento interno com materiais emborrachados, painel com peças revestidas em couro, detalhes em preto brilhante, manopla de câmbio tipo joystick e painel de instrumentos eletrônico.
3 – Vendas do SUV médio
As vendas do Caoa Chery Tiggo 7 no Brasil crescem gradativamente, com exceção de queda em 2023. Mas nos primeiros cinco meses deste ano o modelo já vendeu mais do que em todo o ano passado.
Vendas do Caoa Chery Tiggo 7:
- 2019: 2.174
- 2020: 2.595
- 2021: 4.016
- 2022: 8.876
- 2023: 6.349
- 2024: 7.574**
*Dados do Renavam divulgados pela Fenabrave
** De janeiro a maio
4 – E qual é o desempenho do Tiggo 7?
Vamos nos concentrar no Caoa Chery Tiggo 7 com motor 1.6 turbo a gasolina. Com 187 cv, ele exala força na saída do semáforo. Apesar de um pequeno atraso ao pressionar o pedal do acelerador, o SUV médio tem arranques progressivos e convincentes, com 0 a 100km/h em cerca de 8 segundos.
A caixa de câmbio automatizada de dupla embreagem banhada em óleo é a grande responsável por essa agilidade. As trocas de sete marchas são rápidas e bem definidas, com “sensação” de esportividade. As relargadas também são fortes, graças aos 28kgfm de torque que aparecem na faixa das 2.000rpm.
O consumo deixa a desejar. Não é horrível para um motor turbo, porém, é preciso um pé bem leve para chegar aos 10km/l no ciclo urbano. As médias da estrada também não são muito animadoras: 11,7km/l.
5 – Conforto e dirigibilidade
Em termos de espaço, não há o que reclamar do Caoa Chery Tiggo 7. A posição de dirigir é bem resolvida e motorista e passageiro têm espaço para pernas e joelhos. No banco de trás também é possível viver bem. Com entre-eixos de 2,67m (maior que o Jeep Compass e o Toyota Corolla Cross), acomoda até um terceiro adulto sem maiores complicações.
A suspensão tem ajuste suave e filtra bem os buracos, mas o SUV não é uma banheira. Tem uma dinâmica próxima da Bússola, aliás. O isolamento acústico, por sua vez, é ineficiente em velocidades mais elevadas na estrada.
Um detalhe ergonômico ruim: a central multimídia necessita de cabeamento para espelhar o smartphone e a porta USB fica atrás do console central. Mais ou menos como o Honda HR-V de primeira geração.
6 – Qual a boa safra do Caoa Chery Tiggo 7?
Recomendamos o Caoa Chery Tiggo 7 Pro ano 2022. É o modelo atualizado, com motor 1.6 turbo, câmbio automatizado de sete marchas e dentro da garantia de cinco anos oferecida pela fabricante. Os preços nos principais sites de compra e venda variam de R$ 135 mil a R$ 145 mil, em média.
A lista de equipamentos é extensa. Em termos de segurança, seis airbags, controles de estabilidade, tração, subida e descida, câmeras de ré (com sensor) e 360 graus, retrovisor eletrocrômico e Isofix. Possui ainda sensor de ponto cego, alerta de tráfego cruzado lateral e traseiro e detector de fadiga.
Completam a lista ar-condicionado automático dual zone com saídas para o banco traseiro, banco do motorista com regulagens elétricas, abertura e fechamento elétrico da tampa do porta-malas pela chave, retrovisores aquecidos e rebatíveis eletricamente, partida remota do motor, bancos de couro e teto solar.
A central multimídia possui tela de 10,25 polegadas destacada do painel. Permite conexão com Android Auto e Apple CarPlay via cabo. Há também carregador de celular por indução e o painel de instrumentos eletrônico é configurável em uma tela de 12,3 polegadas.
7 – Possui versão híbrida
O Caoa Chery Tiggo 7 também conta com uma variante eletrificada. Na verdade, um pacote mild-hybrid, com bateria auxiliar de 48V que funciona com motor 1.5 turboflex de 160cv (etanol)/157cv (gasolina) e câmbio automático tipo CVT com nove marchas simuladas.
O motor elétrico funciona como um gerador, capaz de adicionar 10 cv de potência e cerca de 4 kgfm de torque para aliviar o motor a combustão em determinadas situações. O consumo urbano é de 8,1km/l com etanol e 11,1km/l com gasolina.
8 – Uma ideia sobre preços de manutenção
O Caoa Chery Tiggo 7 Pro com motor 1.6 não possui manutenção que poderia ser considerada barata. Consulte os preços de algumas revisões e componentes mecânicos e externos.
Avaliações do Caoa Chery Tiggo 7 Pro:
- 20.000km: R$ 1.016,71
- 30.000km: R$ 787,58
- 40.000km: R$ 1.016,71
- 50.000km: R$ 668,25
Peças Caoa Chery Tiggo 7 Pro:
- Conjunto de quatro pastilhas de freio dianteiro: de R$ 100 a R$ 200
- Kit com quatro velas: de R$ 180 a R$ 260
- Kit troca de óleo (5 litros 5W30 + filtro): de R$ 300 a R$ 480
- Bomba de combustível: de R$ 700 a R$ 1.000
- Conjunto de amortecedores traseiros: de R$ 500 a R$ 700
- Farol dianteiro: de R$ 2.200 a R$ 3.500 (full LED)
- Para-choque traseiro: de R$ 800 a R$ 1.400
9 – Principais problemas do Caoa Chery Tiggo 7
Os relatos de problemas com o Caoa Chery Tiggo 7 são bem específicos. A maioria das reclamações diz respeito a falhas no motor de partida. Também há muitas dúvidas em relação aos ruídos internos que o carro faz.
Preste muita atenção ao histórico de revisões da transmissão de dupla embreagem. O Tiggo 7 Pro de sete velocidades é bom, mas qualquer negligência na manutenção resultará em uma conta de reparo cara. As caixas de seis velocidades – baseadas no Powershift da Ford e equipadas no primeiro Tiggo 7 – têm a reputação de dar uma pausa.
Modelo Caoa Chery Tiggo 7 Pro 2021
Foto: Caoa Chery/Divulgação
10 – Relembre a história no Brasil
O Caoa Chery Tiggo 7 teve apenas um recall para substituição dos balancins e cabeçote do motor nas unidades fabricadas em 2019.
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