Falar sobre manutenção e cuidados com automóveis é um assunto inesgotável, com opiniões divergentes sobre o assunto. O que mais vemos são “especialistas” dando dicas sem o menor fundamento, confundindo os proprietários de veículos.
Por isso, os jornalistas Boris Feldman e Enio Greco estão esta semana no Estúdio VRUM para tentar esclarecer alguns desses mitos sobre a manutenção de automóveis. Temas como o abastecimento correto de um carro com motor flex, a forma correta de sair do carro pela manhã e até o enchimento dos pneus estão entre as dúvidas recorrentes de muitos leitores.
Mitos sobre carros flex-fuel
No vídeo desta semana, Boris Feldman explica que o carro flex-fuel foi feito para rodar com etanol, gasolina ou mistura dos dois em qualquer proporção. Portanto, não há indicação de que o primeiro abastecimento do carro ao sair da concessionária deva ser feito apenas com gasolina ou etanol. O proprietário do carro determinará qual combustível deseja colocar no tanque.
Há quem diga que é importante sempre colocar um pouco de gasolina no tanque cheio de etanol. Boris Feldman concorda, pois isso facilita ainda mais as saídas em dias mais frios. Mas não é verdade dizer que quem abastece constantemente com etanol precisa, às vezes, substituí-lo por gasolina. Essa prática pode até ser justificada, pois o combustível derivado do petróleo ajuda a lubrificar as partes internas do motor, o que o etanol não faz. Mas saiba que os motores flex foram projetados para funcionar com qualquer um dos combustíveis, misturados ou não.
Outra dúvida diz respeito a qual gasolina deve ser colocada no tanque de partida a frio: regular, aditivada ou Premium? Boris explica que não se deve usar gasolina comum no tanque, pois ela se deteriora mais rápido. As gasolinas Premium ou Podium possuem maior durabilidade, portanto são as mais indicadas para o six-pack, pois podem permanecer mais tempo dentro dele sem ter suas características alteradas.
Preciso esperar um pouco antes de sair do carro?
Muitos perguntam se é importante, ao ligar o motor do carro pela primeira vez no dia, esperar um certo tempo antes de sair. Boris explica que após o advento da injeção eletrônica de combustível esse procedimento se tornou desnecessário, pois os carros possuem “afogador automático”. O tempo para ajustar o cinto de segurança e ajustar os retrovisores é suficiente para afastar o carro após a partida. 30 a 40 segundos, tempo suficiente para que o óleo chegue às partes superiores do motor. Você pode sair depois disso, mas evite acelerar forte nos primeiros minutos.
A calibração dos pneus deve ser semanal?
Para Boris Feldman, o ideal é que a calibragem dos pneus seja verificada semanalmente, pois é um procedimento simples e rápido que pode evitar prejuízos. Isso porque um pneu desbalanceado, com pressão baixa, favorece o aumento do combustível e o desgaste prematuro do próprio componente. Portanto, é melhor gastar alguns minutos verificando a calibração toda semana do que acabar no prejuízo no final do mês.
Vale a pena calibrar com nitrogênio?
Segundo Boris Feldman, para quem tem um carro de competição definitivamente vale a pena. Mas para a pessoa comum, não faz sentido gastar dinheiro na calibração do nitrogênio. Esse tipo de calibragem até oferece vantagens, pois evita que a pressão caia com o tempo, preservando o pneu, mas é mais interessante para carros de competição. Para um carro que circula na cidade a relação custo/benefício não vale a pena.
Carro “desdentado”
Esse é mais um mito que muitos ainda insistem em perguntar se vale a pena ou não. Colocar o carro em ponto morto (ou marcha neutra) em uma descida na esperança de economizar combustível é realmente uma tolice. Isso se aplica apenas a carros com carburador. Nos modelos com injeção eletrônica de combustível, o “desdentado” não adianta, pois se o motorista colocar o câmbio em ponto morto será necessário injetar combustível para manter o motor funcionando. E isso significa que você gasta mais. A melhor opção é engatar a quarta ou quinta marcha e deixar o carro andar.
E é necessária a limpeza do bico injetor?
Para Boris Feldman, a limpeza do bico injetor do sistema de combustível só deve ser feita quando houver real necessidade. Ou seja, quando o motor está falhando, engasgando ou apresentando consumo muito elevado. Caso contrário, é bobagem limpar os bicos injetores.
Se você gostou desse vídeo em que Boris Feldman desvenda o que é besteira e o que realmente deve ser feito em relação aos cuidados com o carro, então não esqueça de ativar o sininho e curtir, além de se inscrever nos canais VRUM no YouTube e no Dailymotion. E acompanhe também o VRUM nas redes sociais e em vrum.com.br.
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