A população brasileira começará a diminuir em 2042, após atingir seu pico de 220.425.299 habitantes. Os dados são da pesquisa Projeções Populacionais do Brasil e das Unidades da Federação, divulgada nesta quinta-feira (22/8), pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Segundo a instituição, um dos fatores por trás do fenômeno é a diminuição do número de nascimentos, que vem caindo desde 2018.
Em 2022, o número de nascimentos atingiu o nível mais baixo desde 1977, e a taxa de fecundidade atual ronda os 1,57 filhos por casal. No início dos anos 2000, essa taxa era de 2,32. Em menos de 30 anos, haverá uma redução de cerca de 10% no tamanho da população, e o número de brasileiros cairá de 220 milhões para 199 milhões.
Países europeus como Itália e Portugal já aderiram à onda de redução. Segundo dados das Nações Unidas de 2019, as duas nações perderão aproximadamente 10% da sua massa populacional de 2020 a 2050. Na Europa de Leste, o declínio é um dos mais significativos, com a Bulgária e a Lituânia a apresentarem uma redução de 20% durante este período. período. O Japão, conhecido por ter a população mais idosa do mundo, sofrerá uma diminuição de 16,3%.
No Brasil, outro fator para a diminuição se deve ao envelhecimento da população. O número de idosos, com 60 anos ou mais, quase duplicou nos últimos 23 anos, passando de 8,7% para 15,6%. Em 2070, cerca de 37,8% dos habitantes do país serão idosos. Em 2070, a esperança de vida será de 83,9 e a idade média da população aumentará para 48,4 anos.
Embora a taxa de natalidade esteja diminuindo, o crescimento é perceptível. A população brasileira atingiu 203,1 milhões em 2022, 12.306.713 pessoas a mais que em 2010. A taxa de mortalidade infantil será reduzida em mais da metade, passando de 12,5 mortes por mil nascidos vivos para 5,8 em 2070.
Diferenças
Roraima, apesar de ser o estado menos populoso, foi o que apresentou maior taxa de crescimento no período de 12 anos de 2000 a 2022: 2,92%. Na outra ponta, o Rio de Janeiro, terceiro estado mais populoso do Brasil, apresentou o menor crescimento: 0,03%.
Atualmente, a taxa de fecundidade no estado de Roraima é de 2,26 e no RJ é de 1,39. Dividido pelas regiões brasileiras, o número de filhos por casal, do maior para o menor, é: no Norte, com 1,83, seguido do Centro-Oeste, com 1,71. O Nordeste e o Sul estão empatados em 1,56 e, por fim, o Sudeste, com 1,48.
Camila Curado
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