O Plano Climático faz parte da iniciativa do Governo Federal para combater as mudanças climáticas e reduzir os impactos ao meio ambiente brasileiro, por meio de propostas colaborativas entre a população e o estado. Os cidadãos podem votar ou criar ideias para propostas no site do governo federal. Um dos destaques do site foi a proposta de substituição de 35% dos alimentos de origem animal consumidos no Brasil por alimentos saudáveis e sustentáveis de origem vegetal até 2035, denominada “35% até 2035”, de autoria da ONG Mercy for Animals (MFA). ).
O diretor de relações governamentais e políticas públicas da ONG, George Sturaro, explica que o sistema alimentar está diretamente ligado às ações de combate às mudanças climáticas e entende que o Plano Climático é uma oportunidade muito valiosa para organizações que trabalham com meio ambiente e clima. “Dióxido de carbono, óxido nitroso e metano são os principais gases que contribuem para o aquecimento global e estão diretamente relacionados ao sistema alimentar”, afirma.
De acordo com pesquisas Alimentação e alterações climáticas: uma dieta mais saudável para um planeta mais saudávelfeito pela ONU em 2023, a maioria dos gases de efeito estufa (GEE) vem da agricultura. O uso de fertilizantes aumenta a quantidade de óxido nitroso na terra, o desmatamento de árvores aumenta a quantidade de dióxido de carbono no ar, além da queima de resíduos, estercos, entre outros. A pesquisa também mostra quais alimentos geram mais gases de efeito estufa para produzir 1kg. A carne bovina vem em primeiro lugar, produzindo 70,6 kg de GEE por 1 kg de carne produzida, seguida pela carne de cordeiro com 39,7 kg por 1 kg produzido.
Os alimentos de origem animal são os que mais contribuem para o aquecimento global. A pesquisa explica que isso ocorre porque a produção de carne exige pastoreio extensivo, o que resulta no desmatamento de florestas e na liberação de dióxido de carbono. Além disso, a ONU indica que o gado emite metano ao digerir o capim, que é o seu principal alimento.
“Quanto mais aumenta a demanda por alimentos de origem animal, cresce também a demanda por terras para produzir pastagens, para cultivar os grãos que servirão de ração para os animais. Isso coloca uma pressão tremenda sobre os biomas brasileiros. Então, temos propostas voltadas para a produção agroecológica regenerativa, com foco nos pequenos produtores, para tentar reverter esse cenário”, afirma Sturaro.
Entre as propostas da ONG está a substituição de 35% dos alimentos de origem animal consumidos no Brasil por alimentos saudáveis e sustentáveis de origem vegetal até 2035. “São planos muito ambiciosos, mas é uma oportunidade para discutir a alimentação no Brasil”, admite o diretor.
Outra proposta que teve visibilidade foi a de transformação do Plano Nacional de Alimentação Escolar (PNAE). Atualmente, 30% de todos os alimentos fornecidos ao programa são provenientes da agricultura familiar. A ONG propõe que 50% dos alimentos fornecidos pela agricultura familiar ao PNAE sejam provenientes da agricultura familiar, além de pelo menos 75% serem de baixa emissão, preferencialmente de curto-circuito, e não utilizarem insumos intensivos em recursos naturais, como como terra, água e ração animal à base de soja e milho. “Propomos privilegiar outros alimentos com menor pegada ambiental, com baixas emissões de GEE”, afirma Sturaro.
*Estagiário sob supervisão de Ronayre Nunes
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