A partir do ano que vem, as mulheres também poderão se alistar nas Forças Armadas ao completarem 18 anos. Foi o que anunciaram ontem o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o ministro José Múcio Monteiro (Defesa). O serviço será voluntário e visa aumentar sua participação no Exército, na Marinha e na Aeronáutica — cujo contingente feminino, somado, representa apenas cerca de 10% do efetivo.
“Isso reforça a máxima de que lugar da mulher é onde ela quiser. Sabemos que quanto mais diversificada for uma instituição, mais representativa ela será”, destacou Lula.
“Estamos entusiasmados que vai dar certo. Esse trabalho precisa ser feito. Acho que os primeiros vão nos ajudar a estimular os outros. Eles não vão trabalhar em hospitais e consultórios, não. Eles vão para o combate, vão ter treinamento de soldados. Eles vão pegar uma arma, praticar tiro, pular obstáculos. É uma vitória enorme”, acrescentou Múcio.
O anúncio foi feito durante cerimônia, realizada no Clube do Exército, pelos 25 anos de formação do Ministério da Defesa. O alistamento ocorrerá entre janeiro e junho do ano em que o interessado completar 18 anos, a partir de 2025. Inicialmente, serão 1,5 mil vagas divididas entre as três forças. A empresa selecionada será constituída em 2026, com serviço inicial de 12 meses, podendo ser prorrogado. Assim como os homens, eles receberão a patente de soldado.
Contingente
Segundo o Ministério da Defesa, as Forças Armadas contam com 37 mil mulheres. Antes do alistamento feminino, elas só ingressavam na carreira militar por meio de concurso para áreas específicas — como saúde, ensino, logística e engenharia — ou em funções de linha de frente, caso se formassem em escolas preparatórias. Em ambos os casos, ocupavam cargos de diretores ou suboficiais. Segundo o ministro, o objetivo é que as mulheres soldados representem um percentual de aproximadamente 20% do efetivo.
Múcio destacou que, para receber o novo contingente feminino, será necessária uma adaptação do quartel. “Adequações têm que ser feitas. Estamos preparando algo à parte, como já existe na Aman (Academia Militar das Agulhas Negras, que forma futuros oficiais do Exército). A quantidade de mulheres interessadas nas Forças Armadas é superinteressante. A quantidade A quantidade de inscritos para a Aman tem vindo a aumentar, vai continuar a aumentar e isso tem-nos ajudado”, afirmou.
Além do alistamento feminino, Múcio anunciou a realização de concurso público para completar o quadro de pessoal do ministério e a transferência do Programa Calha Norte — que estava sob administração da Defesa — para o Ministério do Desenvolvimento Regional. O programa foi criado em 1989 com o objetivo de desenvolver áreas com baixa densidade populacional.
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