Atendendo ao pedido de 85 municípios gaúchos, o governo federal liberou, até ontem, R$ 40 milhões para abrigos que estão recebendo deslocados e deslocados pelas enchentes no estado. O dinheiro será usado na compra de colchões, cobertores, água, roupas de cama e itens de higiene. O dinheiro também será aplicado em abrigos informais —que não são administrados pelas prefeituras.
O levantamento foi apresentado ontem na reunião da Sala de Situação que acompanha a calamidade no Rio Grande do Sul, localizada no Palácio do Planalto. “A prefeitura nos dá a quantidade de pessoas abrigadas, recebe o recurso e depois nos informa os itens que foram adquiridos para prestação de contas”, explicou André Quintão, secretário nacional de Assistência Social do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (OMG). .
Foi estabelecido um valor de R$ 20 mil a ser pago a cada grupo de 50 pessoas acolhidas nos abrigos. Segundo estimativas do governo federal, os R$ 40 milhões atenderiam aproximadamente 130 mil pessoas. As estimativas são de que 80 mil pessoas estejam desabrigadas no Rio Grande do Sul, mas esse número ainda pode aumentar.
Segundo o Palácio do Planalto, 65 municípios haviam recebido, até o início da tarde de ontem, o valor que solicitaram. Outros 20 receberiam nas próximas horas.
Na reunião da Sala de Situação foram anunciadas outras medidas para ajudar o povo gaúcho. Segundo o Ministério da Saúde, Novo Hamburgo receberá o quarto hospital de campanha montado pela secretaria no estado —os demais foram instalados em Porto Alegre, Canoas e São Leopoldo. A nova unidade funcionará 24 horas por dia, contará com seis médicos, três enfermeiros e técnicos de enfermagem realizando entre 150 e 200 tratamentos por dia.
O ministro dos Transportes, Renan Filho, anunciou que a região metropolitana de Porto Alegre está com suas vias abertas. Os demais pontos de alagamento nas BRs 390 e 116, além de uma obstrução na BR-386, em Canoas, foram resolvidos.
“A região metropolitana de Porto Alegre está totalmente integrada e não tem mais rodovias 100% bloqueadas”, disse Renan Filho, acrescentando que serviços essenciais – como coleta regular de lixo e transporte e fornecimento de medicamentos e oxigênio aos hospitais – voltaram a funcionar .
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