O mês de agosto acumula quase metade (49%) da área queimada no Brasil desde janeiro deste ano, com 5,65 milhões de hectares devastados pelo fogo. Segundo levantamento do Monitor de Incêndios, do MapBiomas, divulgado nesta quinta-feira (9/12), essa extensão equivale a todo o estado da Paraíba (que tem 5,6 milhões de hectares).
Em comparação com agosto de 2023, os incêndios aumentaram 149%. Isso significa que foram queimados mais 3,3 milhões de hectares no mês passado em relação a agosto de 2023.
São Paulo foi um dos destaques do período, já que 86% (ou 370 mil hectares) da área queimada no estado entre janeiro e agosto deste ano ocorreu no mês passado. O fogo atingiu predominantemente áreas agrícolas (88,7%), com destaque para o cultivo de cana-de-açúcar, com 236 mil hectares queimados. Os municípios mais afetados foram Ribeirão Preto, Sertãozinho e Pitangueiras.
Segundo o MabBiomas, quase dois terços (65%) da área queimada em agosto estavam em vegetação nativa, sendo que as formações cerradas representaram um quarto (25%) da área queimada no mês. O Cerrado foi o bioma com maior área queimada em agosto de 2024, com 2,4 milhões de hectares ou 43% de toda a área queimada do Brasil no período.
“Agosto trouxe um cenário alarmante para o Cerrado, com aumento significativo da área queimada, o maior dos últimos seis anos. O bioma, que é extremamente vulnerável durante a seca, foi o que mais sofreu incêndios nos últimos seis anos, refletindo a má qualidade do ar nas cidades.” detalha Vera Arruda, pesquisadora do IPAM e coordenadora técnica do Monitor do Fogo.
Com 2 milhões de hectares queimados, a Amazônia aparece em seguida. Dois estados que mais queimaram em agosto estão na Amazônia: Mato Grosso e Pará. Os municípios de São Félix do Xingu (PA), Corumbá (MS) e Porto Murtinho (MS) foram os que apresentaram as maiores áreas queimadas.
Outros biomas
Entre janeiro e agosto de 2024, a área queimada no Pantanal aumentou 249% em relação à média dos cinco anos anteriores. Foram 1,22 milhão de hectares, 874 mil hectares a mais que a média. Mais da metade (52%) desse total queimou em agosto. Os 648 mil hectares queimados em agosto representam a maior área queimada já observada no Pantanal para esse mês pelo Monitor de Incêndios do MapBiomas.
“Fica atento à alta incidência de queimadas, visto que o mês de setembro é historicamente o mês que mais queima no bioma, que passa por um período de seca extrema”, alerta o pesquisador Eduardo Rosa, do MapBiomas, sobre o Pantanal .
Em agosto, foram queimados 500 mil hectares de Mata Atlântica, o que representa um aumento de 683% em relação à média anterior. O total devastado entre janeiro e agosto deste ano foi de 615 mil hectares. Quase três em cada quatro hectares (72%) eram áreas agrícolas, sendo a cana-de-açúcar a mais impactada, com 215 mil hectares ardidos em agosto.
Na Caatinga, 51 mil hectares foram queimados entre janeiro e agosto de 2024 —um aumento de 22% em relação ao mesmo período de 2023, com 66% dos incêndios concentrados em formações cerradas.
Por outro lado, no Pampa a área queimada entre janeiro e agosto de 2024 foi de 2,7 mil hectares —o menor número dos últimos três anos para esse período. Para o MapBiomas, esse cenário está associado à maior umidade observada na região, com precipitações acima da média.
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