O presidente Luiz Inácio Lula da Silva parece ter perdido a paciência. Sua reação às críticas do líder indígena Yakuy Tupinambá não foi a de um cavalheiro diante de uma senhora idosa e respeitosa. Não é de admirar. Ele acumula suas próprias frustrações com as frustrações de seus eleitores.
Ele reclamou de ter apenas 70 deputados e nove senadores. Com isso, é preciso pagar um pedágio para que a votação seja aprovada —e o Centrão é o principal cliente. Além disso, é vítima da sua própria propaganda. Ele criou expectativas – na campanha e no governo – que não consegue cumprir. E o resultado é a frustração dessas expectativas, dos eleitores, que lhe deram o seu voto, e dos líderes estrangeiros que o aplaudem.
As agendas ambiental e da fome vêm em primeiro lugar na frustração. O próprio governo disse que há 33 milhões de famintos no Brasil, o que significa o fracasso do Fome Zero em mais de 15 anos de governo petista. E o fogo na Amazônia e no Pantanal — e em todo o Brasil — derruba todos os argumentos sobre propaganda ambientalista e pouca ação preventiva.
Quanto à agenda dos Direitos Humanos, não é a mão estúpida do ministro que mina a seriedade; é a falta de ação para proteger os brasileiros perseguidos e injustiçados, na Amazônia e em Brasília. Nenhuma palavra sobre colonos amazônicos assentados pelo Incra e depois expulsos pela polícia, perdendo tudo e sem onde morar. Nem uma palavra sobre as pessoas injustiçadas que apenas se manifestaram e não quebraram nada, e são condenadas como se fossem terroristas perigosos.
À medida que a eleição se aproxima, acho que os eleitores paulistas também estão perdendo a paciência. Na verdade, ele já alertou diversas vezes que não aguenta mais ter que votar no menos pior. O eleitor já escolheu o rinoceronte Cacareco, o macaco Tião, o palhaço Tiririca e similares, para mostrar aos partidos com quem muitos candidatos nas listas partidárias são parecidos. Os partidos querem que pessoas populares gerem votos, sem conhecerem as qualidades dessas pessoas como políticos e administradores. Só porque brilham no futebol, nos palcos, na TV, nas redes sociais, eles se tornam candidatos, sem a menor noção do que vão fazer como prefeitos ou vereadores, além de atirarem cadeiras nos adversários.
Este não é o caso agora e é por isso que a nossa política é tão ineficaz na melhoria dos brasileiros. Segurança, educação, saúde, os resultados são ruins e, em geral, só pioram o bem-estar da população. E quando alguém presta serviço, ele é excluído como intruso no mecanismo. Eles não querem mudar – a não ser para pior, como se viu nos debates das eleições municipais de São Paulo, as mais importantes do país. O objetivo, como expressou um vereador, é enriquecer no cargo, mantendo o engano. Há quem participe, como eleitor, neste engano, e tudo se resolve, com favores mútuos de clientelismo, temperado com impostos de todos.
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