Não acredito em teorias da conspiração, aquelas que fervilham nas redes sociais. Mas, como diz a sabedoria espanhola, não acredito em brujas, pero que las hay, las hay. O fato que se observa é o Estado querer ser mais importante e maior que a nação; querendo governar a nação. Sejamos claros: o Estado existe por causa da nação, criado pela nação para ter uma ordem, administrado pelo Estado, com autoridades escolhidas pela nação. O Estado está ao serviço da nação e é apoiado por ela para prestar bons serviços públicos.
Todos os recursos estatais pertencem à nação que os gera. O Estado não cria riqueza, apenas a distribui. O Estado não é o dono da nação nem o seu patrão; pelo contrário, a nação é a dona do Estado e o seu mandante. Para fazer leis e governar, é necessário ter um procurador de voto da nação. Para ser mais claro: o estado são os governos, nos seus três poderes e a nação é o povo, os cidadãos, os eleitores e os contribuintes.
Dito isto, voltemos ao que observamos. Os membros do Estado estão a inverter cada vez mais a ordem de poder da democracia, na qual o povo é o primeiro, a fonte do poder, no comando; depois o governo, o agente. Ao invertê-lo, não há mais democracia para reinar o totalitarismo, tal como o que foi posto em prática — e fracassou — na União Soviética. A sátira a tal regime invertido pode ser encontrada no livro 1984, de George Orwell, que hoje mais parece uma profecia. Agentes do Estado tentam sufocar a nação através da censura e do medo. O teste realizado durante a pandemia mostra que, com o apoio da mídia para criar pânico, é possível impor obediência cega e até suspender direitos fundamentais previstos em cláusula essencial da Constituição.
Nada dessa operação de sufocamento da cidadania precisaria ter sido feita se as redes sociais e um deputado chamado Jair não aparecessem há décadas. As redes permitiram que pessoas isoladas em suas convicções trocassem opiniões e descobrissem que eram muitas. Entretanto, o deputado tornou-se candidato à presidência, respirando oxigénio na brasa adormecida e catalisando a maioria anteriormente silenciosa. A cidadania passiva tornou-se ativa e a tranquilidade da ideia única imposta nas escolas e nos meios de comunicação acabou. Eles reagiram contra a polaridade que surgiu — como sabemos, a polaridade só existe quando não existe mais um, mas dois. O controle, que vinha silenciando gradativamente as consciências, entrou em emergência e tornou-se agressivo. Os direitos constitucionais foram ofuscados para punir o uso da liberdade de expressão, que é a arma mais eficaz contra o totalitarismo.
Os rifles e os canhões não são mais usados para se impor aos corações e às mentes. Passaram então a usar outras armas, inspiradas em Antonio Gramsci, para fragilizar a família —hoje até as palavras sagradas mãe e maternidade estão sendo tentadas para serem banidas via Supremo, em ação movida pelo PT. Os valores cristãos são os mais atacados, com vista a enfraquecer as ideias que solidificaram a cultura ocidental. Eles sabem que a cultura judaico-cristã é uma barreira sólida à imposição de um pensamento único. Para conseguir isso, querem impor a tutela, mas o Estado fica enfraquecido por gastar muito – e a receita tem um limite. O Estado desmoralizado e a mídia que o apoia estão tão desacreditados que esta união não tem forças para acorrentar a nação, que é majoritária na defesa dos princípios éticos e libertários. Há consciência de que controlar é um mal, pois controlar o que se diz e o que se pensa é escravizador.
Você gostou do artigo? Escolha como acompanhar as principais notícias do Correio:
Dê sua opinião! O Correio tem espaço na edição impressa para publicar a opinião dos leitores através do e-mail sredat.df@dabr.com.br
ra soluções financeiras
blue cartao
empresa de crédito consignado
download picpay
brx br
whatsapp bleu
cartão consignado pan como funciona
simulador crédito consignado
como funciona o cartão consignado pan
ajuda picpay.com