Após uma forte seca, estados de Norte a Sul do Brasil enfrentaram chuvas intensas nos últimos dias, que causaram prejuízos. Em Camaquã, no Rio Grande do Sul, a Prefeitura declarou estado de emergência após fortes rajadas de vento e tempestades destruírem casas e empresas. Na região Norte, em Rondônia, nos municípios de Ji-Paraná e Governador Jorge Teixeira, as chuvas derrubaram árvores e cobriram casas.
Segundo o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), há três alertas ativos relacionados a chuva no Brasil nesta quinta-feira (26/9). Um deles é o alerta vermelho de grande perigo de chuvas acumuladas para Centro Oeste do Rio Grande do Sul, Sudeste do Rio Grande do Sul, Região Metropolitana de Porto Alegre, Centro Leste do Rio Grande do Sul, Sudoeste do Rio Grande do Sul . Nessas localidades há risco de chuvas superiores a 60 mm/h ou acima de 100 mm/dia, além de inundações, transbordamentos de rios e deslizamentos de terra.
Partes do Oeste Catarinense, Noroeste Rio-grandense, Grande Florianópolis, Região Metropolitana de Porto Alegre, Sudoeste do Paraná, Nordeste Rio-grandense, Sul Catarinense, Centro Oriental Rio-grandense estão sob alerta laranja de perigo de tempestade. Portanto, existe a possibilidade de chuvas entre 30 e 60 mm/h ou 50 e 100 mm/dia, ventos intensos (60-100 km/h) e granizo. O Inmet também alerta sobre o risco de cortes de energia elétrica, danos às plantações, queda de árvores e alagamentos nesses locais.
Por fim, partes do Oeste do Tocantins, Leste do Tocantins e Sul Maranhense estão em alerta amarelo por potencial perigo de chuvas intensas entre 20 e 30 mm/h ou até 50 mm/dia. Também são esperados ventos de 40 a 60 km/h e baixo risco de cortes de energia elétrica, queda de galhos de árvores, inundações e descargas elétricas.
Rio Grande do Sul
O Inmet prevê que as chuvas intensas que atingiram o Rio Grande do Sul vão até sexta-feira (27/9). Na capital Porto Alegre, já são 17h com registros de pancadas de chuva com muitas trovoadas e volume acumulado de 45,2 mm das 19h de terça (24/9) até 13h de quarta (25/9).
No município de Camaquã, o recorde é de 44 horas de chuva ininterrupta, da meia-noite do dia 23 até as 13h de quarta, com 189 mm. Na estação Capão do Leão, em Pelotas, são mais de 43 horas de chuva, com 158,4 mm.
“As chuvas atingirão com maior intensidade as regiões oeste, leste e centro do Rio Grande do Sul e localidades próximas, com volumes que devem superar a média climática mensal”, aponta o Inmet.
Rondônia
Apesar de sofrer com seca extrema, com o rio Madeira atingindo no fim de semana o nível mais baixo da história (25 centímetros) — além das queimadas —, alguns municípios de Rondônia registram chuvas desde segunda-feira (23/9). Em um vídeo enviado para Correspondência por um morador do estado é possível ver um silo de grãos destruído próximo à cidade de Itapuã após o temporal de quarta-feira (25/9). Ao longo desta quinta-feira, há possibilidade de pancadas de chuva isoladas na capital Porto Velho.
Distrito Federal
O Inmet destaca que neste fim de semana podem ocorrer chuvas em áreas isoladas do Distrito Federal. No entanto, a onda de calor deverá permanecer até sábado (28/9). “Mesmo que haja chuva, ela será temporária e de baixa intensidade, não o suficiente para alterar efetivamente a situação atual, apenas aliviando um pouco o calor e melhorando a qualidade do ar”, destaca a agência.
Chuvas em outubro
A chuva registada em alguns pontos do país esta semana sugere como estará o tempo em outubro. A previsão indica chuvas concentradas no centro-sul do Brasil no próximo mês. “A previsão do Instituto Nacional de Meteorologia para o mês de outubro indica chuvas acima da média em grande parte da Região Sul, Mato Grosso do Sul, São Paulo e Sul do Rio de Janeiro e Minas Gerais, com chances de retorno gradual das chuvas ao centro do país, durante a segunda quinzena de outubro”, informa.
No sudoeste do Amazonas e do Pará, assim como no norte de Rondônia, a precipitação também ficará um pouco acima da média. Em grande parte do Nordeste, norte de Minas Gerais e Goiás, Mato Grosso, Tocantins e Pará, as precipitações deverão ficar próximas e abaixo da média climatológica.
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