No início da tarde deste domingo (13/10), pelo menos 760 mil endereços no estado de São Paulo ainda estavam sem luz após os temporais que atingiram a região na noite de sexta-feira (11). Milhões de casas ficaram sem eletricidade após as chuvas e sete pessoas perderam a vida.
A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) convocou uma reunião, às 18h deste domingo, com as concessionárias de distribuição de energia de São Paulo para avaliar a situação e traçar estratégias para o restabelecimento do fornecimento de energia elétrica em partes do estado.
São esperados representantes da Agência Reguladora de Serviços Públicos do Estado de São Paulo (Arsesp) e das empresas Enel SP, Neoenergia Elektro, EDP São Paulo, Energisa Sul-Sudeste, CPFL Piratininga, CPFL Paulista, CPFL Santa Cruz, Cteep e Eletrobras Furnas. .
A iniciativa da agência reguladora atende determinação do ministro de Minas e Energia (MME), Alexandre Silveira, que enviou ofício, na tarde deste domingo (13), ao diretor-geral da Aneel, Sandoval Feitosa Neto. A agência é um órgão subordinado ao ministério, com diretor-geral nomeado pelo governo anterior e com mandato até 2027.
“Reiterando que este MME não admitirá qualquer omissão por parte desta agência reguladora, ordeno a Vossa Senhoria que realize reunião, ainda hoje, com a Enel e demais equipes técnicas das distribuidoras de energia elétrica que possam auxiliar nos planos de ação emergencial para resolução imediata de a situação de SP e região metropolitana”, diz trecho do documento.
Chuva registrou recorde
Na noite da última sexta-feira, São Paulo enfrentou ventos de 107,6 km/h, a maior velocidade registrada nos últimos 30 anos, quando começaram as medições. A tempestade também deixou um rastro de destruição, com queda de 386 árvores, 2,1 milhões de pessoas sem energia e falta de água e danos a casas e edifícios em diversas regiões. Entre as mortes, três ocorreram em Bauru, e morreram na queda de um muro. Outra morte ocorreu após a queda de uma árvore no bairro Campo Limpo. Em Diadema, outra morte devido à queda de uma árvore e em Cotia houve duas mortes, após a queda de um muro.
O apagão atinge as zonas oeste, como Alto de Pinheiros, Pinheiros e Butantã, as zonas orientais, como Mooca, Vila Formosa e Tatuapé, as zonas norte, como Pirituba, e as zonas centrais, como Bom Retiro, mas há também há relatos em outros pontos da cidade e municípios vizinhos. A Enel, empresa responsável pelo fornecimento de energia elétrica em São Paulo, informou que pelo menos 500 mil clientes já tiveram o problema resolvido.
“Às 20h, 2,1 milhões de clientes tiveram seu atendimento afetado e, neste momento, são cerca de 1,6 milhão de clientes impactados. De imediato, a empresa acionou um plano de emergência e cerca de 800 equipes (1,6 mil técnicos) estão em campo. Ao longo do dia, a empresa mobilizou cerca de 2.500 técnicos. Em alguns locais, troços inteiros da rede foram danificados e será necessário reconstruir quilómetros de rede, substituir postes, transformadores e outros equipamentos”, disse a empresa. concessionária em nota.
Segundo a empresa, está disponibilizando cerca de 500 geradores para os casos mais críticos. Ela, porém, não informa quais são esses locais — mas afirma que dois helicópteros estão percorrendo as linhas de alta tensão para identificar falhas em locais de difícil acesso. A forte tempestade também afetou a distribuição de água em regiões de São Paulo, segundo a Sabesp.
(Com informações da Agência Brasil).
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