Um bebê de oito meses foi retirado do próprio funeral, após familiares perceberem os sinais vitais da criança. O caso ocorreu no fim de semana em Correia Pinto, em Santa Catarina. Segundo o Ministério Público estadual, a família relatou ter notado que a temperatura corporal do bebê foi mantida e o corpo da criança não estava rígido. Parentes também disseram ter tido a sensação de que a menina mexia os braços e as mãos dentro do caixão.
Um farmacêutico, o Conselho Tutelar e os bombeiros foram acionados e, por meio de um oxímetro infantil e um estetoscópio, perceberam que a criança apresentava saturação e frequência cardíaca baixas, além de pupilas contraídas que não reagiam e áreas do corpo com coloração arroxeada. cor.
A bebê foi levada novamente ao hospital pelos bombeiros, onde foi submetida a um eletrocardiograma. A equipe médica declarou, pela segunda vez, que não foi detectado nenhum batimento cardíaco, confirmando o óbito.
Ainda no fim de semana, o Ministério Público de Santa Catarina abriu investigação para esclarecer as condições da morte da criança. Nesta segunda-feira (21/10), o laudo cadavérico foi concluído e a Polícia Científica descartou a possibilidade de o bebê ter apresentado sinais vitais durante a cerimônia fúnebre. A perícia confirmou que a criança faleceu na madrugada deste sábado (19/10), conforme consta na certidão de óbito emitida pelo hospital.
“O documento é confidencial porque se refere a uma criança, mas o médico legista aponta vários motivos possíveis para a percepção de calor e leituras de pulso e saturação no oxímetro durante o velório”, afirmou o MP. Agora, o MPSC aguarda a conclusão do laudo anatomopatológico para identificar a causa da morte e verificar se houve erros no atendimento médico inicial, ocorrido na quinta-feira (17/10), ou em qualquer outro momento do processo. A previsão é que o relatório seja entregue em até 30 dias.
Diagnosticado com vírus
Segundo o MP, o pai da criança relatou que ela apresentou sintomas na noite de quinta-feira (17/10) e foi levada ao hospital, onde foi diagnosticada com virose. O médico que prestou atendimento teria administrado soro, prescrito medicação e liberado o paciente.
Na madrugada deste sábado, a criança voltou a apresentar problemas de saúde e foi levada novamente à unidade médica. O mesmo médico que prestou o atendimento inicial declarou o óbito por volta das 3h. Ele teria afirmado que a causa da morte foi asfixia por vômito, mas a certidão de óbito listava desidratação e infecção bacteriana intestinal. Posteriormente, o hospital liberou o corpo da criança para o velório.
O que diz a prefeitura
A Prefeitura de Correia Pinto, por meio da Fundação Hospital Faustino Riscarolli, manifesta sua solidariedade à família de Kiara Crislayne de Moura dos Santos neste momento de dor e esclarece que a paciente deu entrada no hospital por volta das 3h do dia 19 de outubro de 2024 O atendimento foi realizado pela equipe de plantão, que confirmou o óbito da criança.
Mais tarde, no mesmo dia, por volta das 19h, a criança foi levada novamente ao hospital pelo Corpo de Bombeiros Municipal, com relatos de sinais de saturação. A equipe médica atendeu novamente a criança e ela foi declarada morta.
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