A brasileira Karin Rachel Aranha, 43, procura o filho, Adam Ahmed, há dois anos. Segundo a mulher, a criança foi raptada pelo pai, Ahmed Tarek Mohamed, e levada para o Egito quando tinha apenas três anos e oito meses. Desde então, Karin luta na Justiça para recuperar o menino.
Segundo Karin, Adam foi levado pelo pai enquanto a mulher trabalhava na Inglaterra para ajudar a família. Ao retornar ao Brasil, percebeu que o menino estava desaparecido. Durante a fuga, Ahmed passou pela Ponte da Amizade, que liga a cidade de Foz do Iguaçu, no Brasil, e Ciudad del Este, no Paraguai. De lá, o homem pegou um voo para Madri, na Espanha, e depois outro para o Egito.
Karin tentou entrar em contato com o ex-marido, pedindo-lhe que devolvesse o filho, mas não teve sucesso. Em contato com o relatório Domingo espetacularem março deste ano, Ahmed informou por meio de advogados que Karin nunca mais veria a criança.
“Adam precisa ser repatriado. Meu filho foi sequestrado há mais de dois anos. Ele está em um país próximo à guerra e é uma criança brasileira que vive em cárcere privado em condições precárias e sem a mãe. pela Interpol e com pedido de extradição e até agora ninguém defendeu meu filho”, disse Karen.
Atualmente, Ahmed é considerado foragido da justiça e está na lista de procurados da Interpol por ter levado o filho para o Egito. Adam já está na linha amarela da Interpol, que é um alerta global da polícia sobre uma pessoa desaparecida.
Último contato com o filho
Karin viu o filho pela última vez logo depois que ele foi levado pelo pai, por videochamada. Durante a ligação, a criança parece inquieta e chorando. Desde então, o brasileiro não teve mais notícias de Adam e Ahmed.
Os dois se conheceram online em setembro de 2017. Segundo Karin, o homem sempre foi “carinhoso e gentil”. Depois de seis meses juntos, os dois optaram por morar juntos no Brasil. O casamento aconteceu em 2018 e posteriormente ela engravidou.
A brasileira relata que quando seu filho tinha apenas três meses, Ahmed começou a agredi-la. Além de Adam, ela também é mãe de outro menino, fruto de outro relacionamento.
Convenção de Haia
O caso de Karin enfrenta dificuldades judiciais, pois o Egito é um dos países que não participa da Convenção de Haia, acordo internacional cuja premissa é evitar que crianças sejam retiradas do país de residência habitual sem a autorização de ambos os pais. ou o responsável legal do menor.
O acordo foi aprovado em 1980 e conta com mais de 100 países signatários. Na altura em que fui publicado, a maioria dos casos de rapto de menores eram cometidos por pais, insatisfeitos com a atribuição da guarda à mãe.
Falta de apoio governamental
Karin declara que, desde o início do caso, não recebeu apoio do governo brasileiro. Ela relata que tentou contato com o Ministério das Relações Exteriores (MRE), mas o caso demora a tramitar na Justiça.
“Peço ao presidente Lula que faça um acordo com o Egito, onde existe um bom relacionamento internacional entre os dois países, para que Adam possa ser repatriado o mais rápido possível. Ele está lá há dois anos e dois meses, sem contato com ela mãe, em condições precárias”, declarou Karin.
“Aguardo respostas para que o meu país, responsável pela saída do meu filho, o possa repatriar. O meu filho foi raptado, saiu pela Ponte da Amizade, é o mínimo que posso fazer”, continuou.
A advogada da brasileira, Vanessa Paiva, esclarece que Karin tem todos os direitos sobre a criança, inclusive um mandado de prisão pendente contra Ahmed. “O problema agora está aí. A posição do governo é nenhuma porque a gente briga, a gente grita pelo Lula e ele nunca respondeu nada da gente. Só o Lula poderia agilizar esse processo, porque é uma questão diplomática, já que não há Convenção de Haia entre Brasil e Egito”, explicou.
O Correspondência tentou contato com o Itamaraty e o Palácio do Planalto, mas até a publicação desta matéria não houve resposta. O espaço permanece aberto para manifestações. O jornal também não conseguiu contactar Ahmed Tarek Mohamed. Em caso de manifestação, em ambos os casos, o texto será atualizado.
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