O ex-lutador de MMA Mayc Parede se entregou à polícia na noite desta segunda-feira (4), acusado de matar o policial militar Elizeu da Paz de Souza. Ambos são réus de uma ação penal relacionada ao homicídio do engenheiro Flávio Rodrigues, assassinado em setembro de 2019 após ser sequestrado em uma festa que ocorria na casa de Alejandro Valeiko, enteado do ex-prefeito de Manaus Arthur Virgílio, ex-deputado federal e ex- -Senador.
Elizeu foi morto na madrugada desta segunda-feira (04), dentro do carro de um motorista de aplicativo. Ao se apresentar, Mayc confessou que foi ele quem atirou em Elizeu, mas não deu detalhes sobre a motivação do crime. Segundo o motorista do aplicativo, o nome de uma mulher apareceu como cliente nas informações da corrida.
Porém, ao chegar ao local, dois homens entraram no carro. Mayc no banco de trás e Elizeu no passageiro. Chegando ao seu destino, ouviu um barulho e pensou que o pneu do carro havia estourado. Porém, pouco depois ele percebeu que o passageiro que estava sentado atrás estava armado e o homem ao lado dele havia sido baleado.
Mayc e Elizeu ficaram conhecidos em Manaus na época do assassinato, em 2019. O crime teve repercussão nacional por envolver a família de Arthur Virgílio, membro de uma família tradicional na política da região amazonense. O engenheiro Flávio Rodrigues estava em uma festa na casa de Alejandro Valeiko, junto com outras pessoas, todos do sexo masculino.
Segundo informações obtidas pelo Correio, e citadas no inquérito policial, os presentes bebiam e consumiam drogas. Quando dois homens, Mayc e Elizeu, invadiram a festa. Eles esfaquearam um dos hóspedes que tentou sair do local após ver a invasão e sequestraram Flávio. O corpo do engenheiro foi encontrado no dia seguinte próximo ao condomínio, em um terreno baldio.
O hóspede que foi esfaqueado duas vezes nas costas sobreviveu e foi levado ao hospital para tratamento médico. À polícia, após ser preso, dias após o início da investigação, Mayc confessou ser o autor dos esfaqueamentos contra Flávio, mas não deu motivação. O engenheiro não tinha experiência com a polícia nem qualquer ligação com o crime organizado, segundo as investigações.
Alejandro Valeiko foi preso e acusado de participação no crime. Elizeu era segurança de Alejandro e entrou no condomínio em um carro oficial da Prefeitura de Manaus. A filha de Elizabeth Valeiko, ex-primeira-dama de Manaus, Paola Valeiko, também foi indiciada pela Polícia Civil. Ela supostamente limpou manchas de sangue no apartamento.
No entanto, ela foi absolvida pelos tribunais. A Corte também entendeu que Alejandro Valeiko é “impronunciável no processo”, pois não há provas suficientes de sua participação.
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