Dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) mostraram redução do desmatamento nos biomas brasileiros de 2023 a 2024. Porém, a professora de ecologia da Universidade de Brasília (UnB) e membro da Academia Brasileira de Ciências Mercedes Bustamante não vê o pesquisa como algo calmante.
“Infelizmente, o desmatamento ainda está em níveis muito elevados, tanto na Amazônia, com cerca de 6 mil quilômetros quadrados, quanto no Cerrado, com cerca de 8 mil km². No caso do Cerrado em especial, considerando que o bioma já perdeu 50% de sua cobertura. Então, aqui as ações são realmente muito urgentes, porque o que resta é muito pouco”, lamentou em entrevista ao CB.Agro – uma parceria de Correspondência com o TV Brasília.
Assista a entrevista completa:
Mercedes diz que é mais importante focar no “filme” inteiro do que apenas na “fotografia”. Segundo o ecologista, apesar da resiliência natural do Cerrado, fontes externas de estresse — como incêndios e ondas de calor — estão colocando em xeque essa característica clássica do bioma. O especialista alerta que “chega um ponto em que você não tem mais como recuperar o sistema”.
Além disso, o desmatamento não deveria ser “acompanhado de adjetivos”, segundo o professor. Até mesmo o desmatamento legal no Cerrado – o Código Florestal permite o desmatamento de até 80% do bioma em lotes privados – precisa ser revisto.
Para Mercedes, é necessário fortalecer os órgãos ambientais estaduais “porque são eles que autorizam os estados” e um sistema de incentivos aos produtores agrícolas e pecuários para que “entendam e tenham vantagens nessa conservação”. Porém, ela não vê como possível uma mudança no código florestal na “atual configuração do Congresso”.
“Um caminho é fortalecer os órgãos ambientais estaduais, porque são eles que autorizam os estados, e eles têm as ferramentas, a capacidade de análise e o apoio político para dizer ‘olha, eu não vou autorizar 80%. Vou autorizar 50%, 40%, porque a sua propriedade já está numa bacia muito degradada, muito desmatada, e precisamos conservar esses fragmentos’. E ao mesmo tempo, para o proprietário que diz ‘bom, não vou aproveitar 30% do meu imóvel que poderia. Que incentivo adicional posso ter para manter isso?’”, apontou a professora.
*Estagiário sob supervisão de Pedro Grigori
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