Em meio ao estado de calamidade em que se encontra o Rio Grande do Sul, os militares do Marinha do Brasil mobilizar-se para prestar assistência e evitar uma crise ainda maior. A Operação “Taquari 2” já prestou mais de 2 mil atendimentos médicos. Além de salvar vidas, a operação também visa garantir que os sobreviventes recebam os cuidados e orientações necessários na Unidade Médica Expedicionária da Marinha (UMEM) em Guaíba (RS), uma das áreas mais afetadas pelas enchentes.
O Hospital de Campanha (HCamp), operado pela UMEM, tem sido o pilar de sustentação do sistema de saúde local, liberando os hospitais convencionais para o tratamento de casos mais graves. O HCamp conta com 45 militares e faz parte de um contingente maior de mais de 350 militares do Grupo Operacional de Fuzileiros Navais de Apoio à Defesa Civil.
Os voluntários ajudaram, mas também devem cuidar de si mesmos e tomar precauções para evitar doenças. A equipe da Marinha explicou o uso de botas e roupas impermeáveis, além de luvas para evitar contato com água contaminada. O capitão de fragata Demóstenes Santana Apostolides explica por que existem orientações para evitar o aparecimento de doenças em decorrência das fortes chuvas. A recomendação dos profissionais é que, em caso de contato, é fundamental lavar bem as áreas afetadas com água limpa e sabão, secando bem após a lavagem. Os sintomas de doenças relacionadas ao contato devem ser tratados rapidamente em um hospital competente”, explica.
Para combater os riscos de infecção, a Secretaria de Saúde local, em colaboração com a Marinha, disponibilizou doses de vacinas contra o tétano. O HCamp realiza essas aplicações, enquanto as Unidades Básicas de Saúde locais oferecem outras vacinas. “É importante que as pessoas mantenham os cartões de vacinação atualizados para minimizar preocupações com doenças”, reforçou o comandante.
Para o Correspondência, o Comandante Apostolides disse que o HCamp também está oferecendo atendimento psicológico às vítimas das enchentes. “Com a presença de psicólogos e assistentes sociais, além de um capelão naval, do ponto de vista religioso, também temos oferecido esse apoio, mas principalmente através do apoio dos nossos psicólogos. O apoio psicológico e social é essencial para garantir que as vítimas possam iniciar o processo de recuperação de forma segura e apoiada.”
Segundo o comandante, a Marinha trouxe grande quantidade de medicamentos, complementados com doações e apoio da saúde local. “Também contamos com o apoio da saúde local, que tem nos apoiado e facilitado a distribuição de medicamentos aos pacientes atendidos aqui.”
O HCamp não se limita a atender apenas os residentes afetados. “Isso não é exclusivo dos moradores. Atende quem deseja uma avaliação ou ajuda, inclusive voluntários que estão ajudando, que também precisam desse apoio”, afirma.
O HCamp funciona diariamente, das 8h às 17h, oferecendo atendimento médico, pediatria, ortopedia, cirurgia geral, além de apoio psicológico e assistência social. Entre os principais problemas de saúde estão as infecções cutâneas, respiratórias e intestinais, além da leptospirose, causada pela exposição à urina de animais infectados.
*Estagiário sob supervisão de Pedro Grigori
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