Celso Araújo Sampaio de Novais, motorista de aplicativo ferido durante o tiroteio ocorrido no Aeroporto Internacional de São Paulo, em Guarulhos, na tarde de sexta-feira (11/9) morreu neste sábado (11/9). O homem de 41 anos foi baleado nas costas por um rifle e foi internado na Unidade de Terapia Intensiva do Hospital Geral de Guarulhos, segundo o g1.
Os tiros mataram Antônio Vinícius Lopes Gritzbach, empresário e denunciante das ações do Primeiro Comando da Capital (PCC). Ele estava no corredor da morte na facção por fornecer informações aos tribunais sobre lavagem de dinheiro dentro do grupo e por supostamente ter ordenado o assassinato de dois homens do PCC.
Gritzbach foi baleado fora do Terminal 2 por dois homens que saíram de um carro preto. Segundo a Polícia Civil de São Paulo, ele levou 10 tiros.
Um funcionário terceirizado do aeroporto sofreu ferimentos na mão e está em observação. Uma mulher de 28 anos foi atingida de raspão no abdômen, mas já recebeu alta.
Investigação policial
Neste sábado, a Polícia Federal abriu inquérito policial para apurar o assassinato do empresário. Em nota, a instituição informou que a investigação será realizada de forma integrada com a Polícia Civil de São Paulo (PCSP).
Um rifle e uma pistola foram apreendidos próximo ao local onde o carro dos atiradores foi abandonado, a cerca de 7 quilômetros do aeroporto.
Quem foi Vinícius Gritzbach
Vinícius, de 38 anos, foi denunciante em investigação de lavagem de dinheiro do PCC e passou a ser perseguido pela facção. Em dezembro do ano passado, ele sofreu um suposto ataque, na varanda do apartamento onde morava, na zona leste da capital paulista.
De acordo com o Estadãocorria o boato entre os criminosos de que o PCC pagaria uma recompensa de R$ 3 milhões pela cabeça de Antônio.
O Ministério Público de São Paulo aponta que Gritzbach ordenou a morte de Anselmo Becheli Santa Fausta, conhecido como Cara Preta, e de Antônio Corona Neto, o Sem Sangue. O crime ocorreu no dia 27 de dezembro de 2021 e teria sido cometido ao lado do agente penitenciário David Moreira da Silva. Ele ainda é acusado de desviar R$ 100 milhões em criptomoedas da facção.
Gritzbach ficou preso até 7 de junho de 2023, data em que começou a cumprir pena em liberdade condicional, com tornozeleira eletrônica. Em abril deste ano, ele teve um pedido de delação premiada aprovado pela Justiça.
Segundo denúncia do Ministério Público, o homem tinha negócios com bitcoins e criptomoedas.
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