A Secretaria de Segurança Pública (SSP) do estado de São Paulo confirmou, em nota, o afastamento dos policiais civis citados na delação premiada de Antônio Vinicius Gritzbach —empresário e denunciante do PCC (Primeiro Comando da Capital) . Gritzbach foi morto na última sexta-feira (11/08), no Aeroporto Internacional de Guarulhos e o crime foi atribuído à facção.
Em nota, a SSP informou que a Delegacia Geral de Polícia determinou a realocação dos policiais mencionados no depoimento do empresário, afastando-os de atividades operacionais para funções administrativas.
“O procedimento aberto na Corregedoria da instituição em outubro, portanto, antes da morte do réu, já investigava o envolvimento dos policiais com medidas administrativas preliminares para individualizar a conduta de cada um”, afirmou a secretaria em nota.
Entre os nomes citados na denúncia de extorsão cometida por policiais civis em Antônio – oito dias antes de sua execução – estava um delegado do Departamento de Homicídios e Proteção Individual (DHPP) que teria cobrado propina para não envolvê-lo no assassinato de dois integrantes do PCC — “Cara Preta” e “Sem Sangue” — e outros agentes ligados ao Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic), ao DHPP, ao 24º Distrito Policial e ao 30º DP.
O ministério não confirmou o número nem os nomes dos agentes demitidos. Outros dois policiais civis do Departamento de Prevenção e Repressão ao Tráfico de Drogas (Denarc) já haviam sido presos devido à informação dada por Gritzbach.
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“A Corregedoria da Polícia Civil, no dia 31 de outubro, ouviu o indivíduo Vinicius na Corregedoria. Ele foi ouvido porque recebemos trechos desse depoimento do Ministério Público, ainda não tivemos acesso ao depoimento, mas trechos dele – onde ele citava nomes de policiais civis que haviam, de alguma forma, participado do extorsão contra ele”, afirmou Guilherme. Ele desabou em entrevista coletiva realizada para anunciar a criação da força-tarefa que investiga o caso.
Além dos policiais civis, a força-tarefa já havia confirmado o afastamento, na última terça-feira (11/12), de oito policiais militares que, há mais de um mês, eram investigados pela Corregedoria da Polícia Militar por fazerem parte de segurança particular de Gritzbach. Os militares foram lotados no 18º Batalhão da Polícia Militar Metropolitana (BPM-M) —a maioria— na Zona Norte de São Paulo, e no 23º BPM-M, na Zona Oeste.
*Estagiário sob supervisão de Luciana Corrêa
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