As principais vias expressas do Rio — linhas Amarela e Vermelha e Avenida Brasil — sofreram diversos impactos na madrugada desta segunda-feira (9), em decorrência de operação da Delegacia de Roubos e Furtos de Automóveis (DRFA) e da Delegacia de Roubos e Furtos de Cargas (DRFC), da Polícia Civil, em conjunto com a Polícia Militar, no Complexo de Favelas da Maré, zona norte da cidade.
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Segundo a assessoria de imprensa da Secretaria de Estado da Polícia Militar, até o momento, duas pessoas foram mortas e três detidas. Três fuzis, uma pistola e uma granada foram apreendidos. Policiais militares do Comando de Operações Especiais, Batalhão de Policiamento de Vias Expressas e do 22º BPM (Maré) atuam nas comunidades de Vila do João, Timbau, Vila Pinheiros e Baixa do Sapateiro.
Alerta
O Centro de Operações do Rio (COR) chegou a emitir alerta em seu perfil na rede social X para que os motoristas evitem atravessar a via. “Por questões de segurança, a via expressa fica intermitentemente fechada nos dois sentidos próximo à Vila do João. A Polícia Militar atua na região!”, alertou, repetindo o mesmo alerta para a Linha Vermelha.
A Linha Amarela também foi impactada devido a um incêndio em um carro. Duas pistas no sentido Barra da Tijuca, na zona oeste, tiveram o trânsito interditado. Os bombeiros trabalharam no combate ao incêndio e a Polícia Militar isolou a área. O engarrafamento se estendia por grande parte da estrada.
Logo no início, moradores da região relataram a ocorrência de tiroteios na Maré. Segundo a Secretaria de Estado de Polícia Civil, a ação tem como objetivo “executar mandados de prisão contra integrantes do Comando Vermelho (CV) que atuam na região e estão envolvidos em roubos e furtos de cargas”.
A operação faz parte da 2ª fase da Operação Torniquete, desenvolvida pelas forças de segurança do Estado para reprimir roubos, furtos e recepções de cargas e veículos.
Segundo a Polícia Civil, a ação é baseada em dados de inteligência e analisada em conjunto com informações do Instituto de Segurança Pública (ISP). “As investigações revelaram que traficantes do Comando Vermelho que atuam na comunidade são responsáveis por planejar e administrar uma quadrilha de furtos de veículos e cargas para financiar o ‘dinheiro’ da organização criminosa e viabilizar a compra de armas, munições e o pagamento de uma ajuda de custo aos familiares de presos do sistema prisional, bem como líderes da facção”, informou em nota.
As investigações indicaram ainda que após receberem determinação da liderança do Conjunto de Favelas da Penha, também na zona norte, “criminosos da Maré montaram todo o apoio logístico para que os integrantes da quadrilha de assaltantes cometessem crimes em diversos bairros da cidade”. Rio de Janeiro e Região Metropolitana”.
Segundo a Polícia Civil, nessas comunidades ocorrem atividades criminosas relacionadas ao furto de veículos e cargas, como “armazenagem, transbordo e revenda de cargas furtadas a destinatários; clonagem de veículos para revenda ou troca por armas e drogas; desmantelamento de automóveis para revenda de peças; utilização de veículos roubados por quadrilhas para transporte e prática de outros crimes;
A operação conta ainda com o apoio de agentes da Direção Geral de Polícia Especializada (DGPE); Departamento Geral de Polícia da Capital (DGPC); Delegacia Geral de Polícia da Baixada (DGPB); Direcção Geral da Polícia do Interior (DGPI); Coordenação de Recursos Especiais (Núcleo); Delegacia de Repressão ao Crime Organizado e Inquéritos Especiais (Draco); Subsecretaria de Inteligência (SSINTE), além do Comando de Operações Especiais (COE); Batalhão de Polícia de Vias Expressas (BPVE); 22º Batalhão de Polícia Militar e Batalhão de Rondas Especiais e Controle de Multidões (Recom).
Escolas
A Secretaria Municipal de Educação informou que 42 unidades escolares, na região do Complexo de Favelas da Maré, foram impactadas pelas operações policiais em andamento.
Na rede estadual, a Secretaria de Educação informou que, até o momento, duas escolas tiveram que ser fechadas na região.
Saúde
A Clínica da Família Diniz Batista dos Santos, no município, continua atendendo a população. “Apenas estão suspensas as atividades externas realizadas no território, como visitas domiciliares”, informou a Secretaria Municipal de Saúde.
Segundo o ministério, a situação é diferente nas clínicas da família Augusto Boal, Adib Jatene, Jeremias Moraes da Silva e no Centro Municipal de Saúde da Vila do João, que “anunciaram o protocolo de acesso mais seguro e, para segurança dos profissionais e utentes, interromperam a operação.”
No estado, a Secretaria de Saúde informou que a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) da Maré está funcionando normalmente.
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