De acordo com oentidadeso Sindicato assinou Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) com associações autoras de Ação Civil Pública (ACP) que tramita na Justiça Federal em Sergipe — incluindo o Educafro e o centro de direitos humanos da Arquidiocese de São Paulo. Embora no documento tenham sido assumidas obrigações que incluíam o uso de câmeras corporais paraou agentes da PRF, o Sindicato “tem estado em silêncio”, segundo nota dainstituições.
Eles dizem o que a Polícia Rodoviária alegou ter implantado câmeras corporais — cuja “primeira remessa” teria sido doada “pela embaixada dos EUA, há mais de um ano” — na polícia do Rio de Janeiro devido a para a reunião de cúpula do G20 no estado; mas que, na verdade, “as câmeras não estavam instaladas” até “o momento desta última ocorrência” —referindo-se ao incidente ocorrido no dia 24 de dezembro na Rodovia Washington Luís (BR-040)em que a jovem Juliana Leite Rangel, 26 anos, Ela foi baleada na cabeça durante uma abordagem da PRF.
Oé instituiçãoíons questõeseu Se neste episódio, em que não houve câmeras corporais dos agentes envolvidos, “é uma prova de que a Superintendência da PRF Rio está enganando a sociedade”. Reforçam ainda “a exigência de saber por que a polícia estava sem câmeras” e dizem que o “ação desequilibrada” do Polícia Rodoviária está “imitando a banda podre da PM do Rio”.
“Esta não é uma ocorrência isolada”, escreve eleestou na nota. “Em menos de dois anos, vidas foram perdidas tragicamente devido à atuação precipitada e despreparada de policiais, que atiraram contra veículos familiares sob alegação de suspeita, sem acionar os princípios da polícia técnica.” Reiteram que “a Constituição não autoriza a polícia a adotar a pena de morte nas suas operações”.
Para oentidades“é inaceitável que, apesar das anunciadas alterações na matriz de formação (…) dos policiais do PRF, principalmente no Rio de Janeiro, os agentes continuam operando segundo padrões antigos do governo anterior”. Dizemalém disso, que o “despreparo” agentes é “evidenciado pela admissão dos próprios policiais, em veículos confusos – como aconteceu no último incidente”.
Eles questionam, finalmente“a falta de atuação do superintendente da PRF no Rio de Janeiro, que, mesmo diante de tantas outras ocorrências fatais, sob sua supervisão, não tomou medidas eficazes para prevenir tais incidentes”. Eles escrevem que ele “pprecisa ser demitido imediatamente”.
O ACP que deu origem à denúncia, Maio de 2022, trazido como principal apoio a morte de Genivaldo de Jesus Santos, “um cidadão negro de 38 anos (…) brutalmente torturado e assassinado com perversidade por agentes da Polícia Rodoviária Federal de Sergipe”. Na nota, as entidades apontam esse episódio como “uma dolorosa lembrança da urgência de mudanças estruturais na instituição (PRF), em todos os estados”.
Apesar da afirmação da PRF do Rio sobre a implantação de câmeras corporais nos agentes, as instituições afirmam que, oAté o momento, não foi comprovado nos autos original “cumprimento de nenhuma das obrigações pactuadas no TAC”.
Oé entidades dos direitos humanos informaeualém disso, que devido à “grave inércia”, v.para o apresentar um pedido de execução de pena, “a fim de obrigar a União a implementar imediatamente as medidas tomadas e aprovadas, nos termos da lei”.
Ao final da nota, o Educafro e outras instituições cobram “ações imediatas e contundentes do Diretor-Geral da PRF, do Ministro da Justiça e do Presidente Lula”. Eles são:
- “Explicação de por que tais acontecimentos violentos são repetidos pela PRF no RJ, em porcentagens anormais”;
- “Responsabilidade do Chefe da PRF no Rio de Janeiro”;
- “Responsabilidade dos agentes envolvidos, com suspensão imediata de atividades e salários, até o julgamento, que poderá recuperá-los se forem julgados inocentes”;
- Implementação imediata do “uso de câmeras corporais em todas as operações da PRF, no Rio — imediatamente — e em todo o Brasil, com mais celeridade”;
- Realizar “a reconversão profissional urgente de todos os agentes, alinhando as suas práticas, garantindo que estão preparados para agir de forma não letal e respeitosa com qualquer cidadão e principalmente as maiores vítimas do Estado brasileiro, os afro-brasileiros e os pobres”;
- Estabelecimento de “protocolos de abordagens claros e rigorosos, com penalidades severas para quem os violar”;
- Realizar uma “investigação independente sobre ocorrências de violência policial, com a participação/acompanhamento de entidades afro-brasileiras, gerando assim transparência e justiça para as vítimas e seus familiares”.
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