Buscas por vítimas de desabamento de ponte chegam ao 9º dia

A operação que tenta localizar as vítimas do desabamento da ponte Juscelino Kubitschek de Oliveira, na BR-226, que liga o Maranhão ao Tocantins, chegou ao seu 9º dia. A Marinha do Brasil e o Corpo de Bombeiros localizaram o corpo da décima vítima no domingo (29/12), outras sete ainda estão desaparecidas.

As obras haviam sido suspensas na última sexta-feira (27) devido ao risco de desabamento do que sobrou da estrutura, mas foram retomadas no sábado. Segundo comunicado divulgado à imprensa pela Marinha, outro corpo, que foi localizado na última quinta-feira, mas ainda não havia sido resgatado devido à complexidade da posição em que se encontrava e à interrupção dos trabalhos de mergulho no rio, foi retirado neste Domingo.

“No local de buscas, a Marinha conta com 87 militares, além de 20 militares que participam remotamente, em Belém-PA, do planejamento e logística da operação. Os Corpos de Bombeiros Militares do Pará, Tocantins e Maranhão continuam apoiando a operação “, diz a instituição.

A ponte, que tem vão de 533 metros e foi construída há mais de 60 anos sobre o rio Tocantins para ligar o Tocantins ao Maranhão, desabou no dia 22 de dezembro. Segundo a Polícia Militar do Tocantins, pelo menos quatro caminhões, três carros e três motocicletas que estavam na estrutura caíram no rio. Dois caminhões transportavam ácido sulfúrico e um deles, defensivos agrícolas.

Oito mergulhadores altamente experientes do Corpo de Bombeiros Militar (CBMDF) foram selecionados pelo Governo do Distrito Federal (GDF) para participar da missão de resgate. A equipe trará, além de expertise, equipamentos especializados capazes de reflutuar até 22 toneladas de material submerso.

A ferramenta de reflutuação é utilizada especificamente em operações de resgate subaquático e contém grandes sacos que, uma vez inflados, geram força de elevação suficiente para levantar objetos pesados ​​do fundo do rio. O sistema foi especialmente projetado para operações em águas profundas, como as do rio Tocantins, onde a ponte desabou.

Os equipamentos reflutuantes vão reforçar o trabalho dos bombeiros do DF na retirada de veículos e busca de vítimas que caíram no rio Tocantins. Entre os militares convocados está o Subtenente Danilo Brites, mergulhador mais experiente do Corpo de Bombeiros atualmente em atividade.

“Todos os bombeiros selecionados são altamente capacitados e possuem vasta experiência em missões humanitárias. São profissionais altamente experientes, tendo atuado em diversas operações, inclusive no resgate de vítimas das enchentes no Rio Grande do Sul”, detalha o capitão Ramon Lauton, chefe da comitiva. .

Investigação

O Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) informou, em nota, que as causas do desabamento da ponte serão investigadas e que a reconstrução da ponte será realizada o mais rápido possível.

A Polícia Federal também abriu inquérito para apurar responsabilidades. A estrutura faz parte de um importante eixo rodoviário da região Norte, pois é ponto de passagem das rodovias BR-226 (Belém-Brasília) e BR-230 (Transamazônica).

Neste momento, com a passagem fechada, os motoristas que trafegam pela região devem seguir rotas alternativas, como a estrada que vai de Darcinópolis a São Bento, no Tocantins. De lá é possível chegar a Imperatriz, no Maranhão. Os motoristas vindos do Maranhão devem acessar a BR-266 em Estreito, até Porto Franco, sentido Imperatriz.

A Marinha, que havia anunciado 11 mortes, atualizou o número após identificar o corpo encontrado no final da tarde de sexta-feira. Concluiu-se que se tratava de um dos corpos identificados numa das viaturas debaixo dos escombros, que já tinha sido identificado pelos mergulhadores no dia anterior. No total, o acidente deixou 18 vítimas, sendo que uma delas foi resgatada com vida.

(Com informações da Agência Estado e Agência Brasília)