O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) recebeu, nesta quinta-feira (16/1), sete novas aeronaves em cerimônia que contou com a presença do presidente do Ibama, Rodrigo Agostinho, e da ministra do Meio Ambiente e Mudanças Climáticas, Marina Silva. O governo federal investirá anualmente R$ 130 milhões para utilizar a frota de novos helicópteros modelo AW119, que garante mais de cinco mil horas de voo por ano.
Segundo o Ibama, o investimento reforça a capacidade do Instituto de fiscalização ambiental, especialmente no combate ao garimpo ilegal, ao desmatamento e aos incêndios florestais. A nova frota também atuará no monitoramento costeiro e fiscalizações de empreendimentos com licenciamento ambiental.
O presidente substituto do Ibama, Jair Schmitt, esclareceu que, com os novos helicópteros, a frota aérea do Instituto aumentará em 40%, o que traz “maior autonomia e maior capacidade ao Ibama e lhe permitirá realizar atividades de fiscalização ambiental”. “A utilização dessas aeronaves é decisiva em locais mais remotos, onde seria difícil o acesso da nossa equipe”, argumenta Schmitt.
Durante a solenidade, a ministra Marina Silva destacou o compromisso do governo do presidente Lula com o meio ambiente e o combate às mudanças climáticas. “Este governo está empenhado em retomar e reconstruir a agenda socioambiental brasileira, mas, obviamente, uma coisa é o que anunciamos, outra coisa é o que proporcionamos e, desde que a democracia venceu, estamos proporcionando muitos ganhos”, disse o ministro.
O presidente do Ibama, Rodrigo Agostinho, comentou as mudanças que o Ibama tem enfrentado desde o ano passado para se modernizar. “Só no ano passado renovamos em 30% a frota terrestre, estamos trabalhando para modernizar o Instituto”, disse. Agostinho também destacou a quantidade de crimes ambientais que o Ibama vem combatendo nos últimos anos. “No ano passado, com todas as dificuldades que tivemos, e foram muitas, elaboramos mais de 11 mil autos de infração ambiental. Ainda tem gente que diz que temos uma indústria de multas, mas o que temos é uma indústria de crimes ambientais”, completou o presidente.
Agostinho explicou que, com a nova frota de aeronaves, o objetivo é reduzir os crimes ambientais. “Este ano, temos grande capacidade de combate a incêndios ambientais, garimpo ilegal, desmatamento e crimes contra o meio ambiente. Estamos em outro patamar”, disse.
A gestão da frota fica a cargo da Coordenação de Operações Aéreas (Coaer), unidade especializada vinculada à Diretoria de Proteção Ambiental (Dipro), consolidando o papel do Ibama como operador aéreo credenciado pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac).
Além disso, o Instituto também investiu em tecnologias de monitoramento remoto, que incluem 163 drones equipados com sensores de alta precisão e operados por 192 profissionais.
*Estagiário sob supervisão de Renato Souza
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