Irmão do ex-Boi Garantido Djidja Cardoso, Ademar Farias Cardoso Neto tinha o hábito de publicar nas redes sociais teorias da conspiração sobre alienígenas e dimensões alternativas. Em uma das postagens, ele ainda escreveu sobre o filme matriz como se fosse algo real fora da tela.
A Polícia Civil do Amazonas descobriu que Ademar liderava uma seita religiosa, chamada Pai, Mãe, Vida. Segundo a investigação, ele era o líder da seita e acreditava ser Jesus, enquanto sua mãe, Cleusimar, era Maria. Djidja Cardoso, falecida na última terça-feira (28), seria Maria Madalena.
“A metafísica sugere que a Matrix é criada pela mente humana e que a nossa percepção da realidade é moldada pelas nossas crenças e pensamentos. Através da meditação e da visualização, podemos aceder à consciência universal e transcender matriz“, diz um dos textos.
Outras publicações de Ademar falaram sobre reencarnação, origens estelares e eletromagnetismo cósmico. Na descrição de seu perfil no Instagram, ele se autodenomina “observador”.
“À medida que a Terra se prepara para ascender à dimensão gloriosa da 5ª densidade, aqueles que estiverem prontos serão capazes de regressar às suas Origens Estelares, mergulhando na vastidão exterior. Outros, por sua vez, escolherão continuar a sua jornada regenerativa neste sagrado terreno, que reverberará com uma nova luz, mas tome cuidado, pois quem não estiver preparado para habitar a 5ª dimensão será direcionado para Kyron, um planeta em pleno despertar, ainda imerso na terceira densidade”, escreveu Ademar em outro post.
Após a repercussão do caso, Ademar tornou as redes sociais privadas. Ele e sua mãe estão na prisão.
Morte de Djidja Cardoso
A empresária Dilemar Cardoso Carlos da Silva, conhecida como Djidja e ex-senhora do Boi Garantido, morreu nesta terça-feira (28/5) aos 32 anos, no Amazonas. Ela foi encontrada morta por volta das 6h na casa onde morava, em Manaus.
Na quinta-feira (30/5), o Tribunal de Justiça do Amazonas (TJAM) determinou a prisão da mãe, do irmão e de três funcionárias do salão de beleza Belle Femme, de propriedade da empresária. Segundo a Justiça do Amazonas, a prisão preventiva de familiares e funcionários foi decidida em razão dos crimes de tráfico de drogas, associação para o tráfico de drogas e estupro (que foi direcionado apenas ao irmão da vítima, Ademar Cardoso).
Mandados de busca e apreensão também foram expedidos pelo Poder Judiciário. Em uma das unidades do salão de beleza foram encontradas ampolas, seringas e agulhas de cetamina. Medicamentos prescritos e medicamentos veterinários também foram apreendidos no local da morte.
Quatro membros da seita, presos em operação realizada nesta quinta-feira (30/5), foram responsáveis pelo fornecimento e distribuição da substância cetamina, além de incentivar e promover o uso recreativo da droga. Além das detenções, os animais que estavam sob os cuidados de Djidja e da sua família foram apreendidos por suspeita de estarem drogados. A ex-mocinha tinha duas cobras de estimação.
A seita usou o livro como base Cartas para Cristo. Eles acreditavam que o uso de drogas junto com a meditação “faria o ser humano adquirir autoconhecimento”. A polícia acrescentou que os envolvidos já estão sendo investigados, pois houve denúncias de outros funcionários da Belle Femme, rede de salões da família.
Parte da família de Djidja acusa a mãe e o irmão de negarem cuidados médicos à sua ex-irmã mais nova. Os dois são apontados por familiares como possíveis responsáveis pelo fornecimento de drogas a ela.
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