O Conselho Federal de Medicina (CFM) cobrou as medidas do governo federal para resolver a falta de vacinas nos sistemas públicos. O problema compromete a segurança da saúde do país e põe em risco a saúde da população, agravando a vulnerabilidade de milhões de brasileiros a doenças evitáveis. A entidade enfatizou que a escassez de imunizantes representa um sério fracasso na gestão pública. Para o CorrespondênciaSecretariates de saúde do estado também relataram dificuldades no cumprimento do calendário de vacinação.
A coleção ocorreu após uma pesquisa da Confederação Nacional de Municípios (CNM), que revelou 65,8% dos municípios brasileiros com dificuldades no fornecimento de imunizantes. Na avaliação da CFM, a falha em fornecer vacinas é uma negligência por parte do Ministério da Saúde, que não cumpriu sua responsabilidade de garantir a disponibilidade desses imunizadores.
Por nota, o governo relatou que atendia totalmente à demanda por vacinas estatais no mês passado e reiterou que enviou 100% das doses solicitadas. De acordo com os dados de saúde, nos últimos seis meses de 2024, 93.445.119 doses de vacinas foram distribuídos às unidades da federação, totalizando 275.163.206 ao longo do ano. O Acre foi o estado que recebeu o menor número de imunizantes.
De acordo com dados do Ministério da Saúde, na distribuição da vacina, o número de doses teve uma queda entre 2023 e 2024, especialmente a varíola de frango (varicela), as vacinas covid-19 e DTP, também conhecidas como crianças bacterianas triplas. O número de municípios com mais de 95% de cobertura da segunda dose de viral tripla aumentou 180%, segundo o governo, atingindo 2.408 cidades brasileiras.
O diretor do Programa Nacional de Imunização, Eder Gatti, disse que quaisquer problemas serão resolvidos com a chegada de novos fornecedores. “Garantimos o suprimento até da vacina Varicella, que estava enfrentando dificuldades devido a problemas com os fornecedores. Hoje, temos três fornecedores para esta vacina, o que garante a normalização do suprimento na primeira metade de 2025”, explicou.
Dificuldades
Nos últimos meses, as secretarias estaduais de saúde do país enfrentaram desafios relacionados à escassez de vacinas, o que gerou impactos na cobertura em vários estados. Entre as vacinas mais afetadas estão as de varicela (catapora), covid-19 e outras no calendário nacional, como as destinadas a crianças e adolescentes. O correio entrou em contato com as pastas e obteve algumas respostas sobre a situação.
Houve relatos de dificuldades em estados como Goiás, Espírito Santo, Pará e Rio de Janeiro. No estado de Goiás, por exemplo, o Secretariado Local relatou que a vacina contra varicela está em escassez desde a segunda metade de 2024. O portfólio recebeu, no início de janeiro deste ano, uma quantidade reduzida de 3.600 doses, que é insuficiente para o encontro a demanda do mês. Além disso, o estado enfrenta problemas semelhantes com a vacina CoVID-19, afetando a criança de 5 a 12 anos.
Espírito Santo também relatou escassez da vacina contra a varicela devido à contingência nacional, que comprometeu a distribuição regular para servir a população local. O Secretariado do Estado também disse que está aguardando autorização do Ministério da Saúde para novos pedidos de vacinas contra coronavírus.
Em Pará, a situação também é preocupante, com a falta de vacinas contra a varicela e a Covid-19. Além disso, para atender à rotina, o estado do Rio de Janeiro recebeu, em dezembro, menos do que solicitado. Por outro lado, Mato Grosso e Paraná relatam uma situação mais controlada, com distribuição normalizada e substituição de vacinas ausentes, como tetravalent e varicela.
O SES-SP informou que todos os imunizadores recomendados e estabelecidos pelo Programa Nacional de Imunização (PNI) são adquiridos e entregues pelo portfólio, e a responsabilidade do estado é distribuída aos municípios. “No momento, as vacinas contra calendários estão disponíveis para os municípios. A pasta mantém o diálogo contínuo com a agência federal para receber novas remessas e manter as ações estratégicas fornecidas”, disse ele.
Segundo o infectologista Leandro Machado, os riscos da falta de vacina são os possíveis surtos de doença, como sarampo e poliomielite. “Doenças que poderiam ser impedidas começam a reaparecer, sobrecarregando hospitais, aumentando custos e em risco a vida, especialmente de grupos mais vulneráveis, como crianças e idosos”, diz ele. “Além disso, sacode a confiança da população no sistema de saúde. Quando a promessa de proteção não é cumprida, muitos deixam de acreditar na eficácia das campanhas de vacinação, criando um círculo vicioso que compromete futuros esforços de imunização”, acrescenta.
*Estagiários sob a supervisão de Luana Patriolino
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