O nível das águas do Guaíba subiu mais uma vez e inundou o Centro Histórico de Porto Alegre. A explicação para tal é a “chuva na bacia” do lago “e ventos de sul que aumentaram o nível”, segundo o meteorologista Francisco Diniz. Por volta das 23h de domingo, a medição apontava altura de 3,44m, mas na madrugada chegou a 3,86m.
Francisco afirma que não há risco de a região voltar a inundar, como no início de maio —ele acredita que os principais prejuízos causados pela enchente são em relação à limpeza e recuperação da capital gaúcha. Mas, segundo a MetSul, os ventos que provocaram a enchente são consequência da chegada de uma frente fria, acompanhada de vento, após as altas temperaturas registradas na região metropolitana de Porto Alegre. O efeito dos ventos pode represar o Guaíba, o que faz com que o nível suba entre 30cm e 50cm.
Segundo o Instituto de Pesquisas Hidráulicas (IPH), os cenários para o lago indicam recuo das enchentes, com níveis diminuindo lentamente nos próximos dias. Isso porque os volumes dos afluentes Guaíba continuam elevados — como o Jacuí e o Gravataí, ainda acima do nível de cheia; no caso de Taquari e Caí, estão em nível estável abaixo da medição de alerta.
Espera-se que o nível do lago atinja novamente o nível de inundação a partir de hoje e poderá aproximar-se do nível de alerta até o final da semana. Na análise de Fernando Dornelles, professor do Instituto de Pesquisas Hidráulicas da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (IPH-UFRGS), a ascensão do Guaíba é episódica. “Não temos nenhuma contribuição dos rios, todos estão baixando o nível”, afirma.
Estradas gaúchas
O Ministério dos Transportes destinou R$ 1,2 bilhão para contratos emergenciais de reconstrução e reabertura de rodovias do estado. Segundo relatório da secretaria, oito estradas federais no Rio Grande do Sul ainda estavam bloqueadas —duas totalmente fechadas ao trânsito e as demais com fechamento parcial em 29 trechos.
O trânsito, porém, foi restabelecido em 106 trechos de 11 rodovias federais. Outros 15 trechos de estradas estão em construção ou recebendo manutenção para serem reabertos. A expectativa do ministério é que a situação se normalize completamente até o final de 2025.
Levantamento do Departamento Autônomo de Estradas de Rodagem (Daer) e do Comando Rodoviário da Brigada Militar (CRBM) indica que o número de trechos impactados chega a 61, distribuídos em 34 rodovias estaduais —incluindo estradas, pontes e barcas.
Aeroporto
O Aeroporto Salgado Filho deve ser reaberto até o Natal deste ano. A estimativa é de uma comissão, que ontem verificou a extensão dos danos ao complexo e listou as obras necessárias para voltar a funcionar.
Segundo Andreea Pal, CEO da Fraport — que administra Salgado Filho —, “estamos trabalhando para acelerar a retomada do aeroporto. Estamos fazendo a nossa parte com diversas atividades já iniciadas. o aeroporto estará disponível até o final do ano”.
A limpeza do complexo começou ontem, após passar um mês fechado devido às enchentes que assolaram Porto Alegre. Sem operação neste período, estão sendo realizadas análises e avaliações das condições da pista para detectar os impactos da água na estrutura e no pavimento.
Os testes deverão durar 45 dias e as principais obras deverão ser apresentadas no início de julho, juntamente com um plano detalhando o que precisará ser refeito. Além disso, está sendo avaliado se os equipamentos eletrônicos afetados pelas águas podem ser recuperados ou se foram perdidos. A Fraport Brasil não tem estimativa de perda.
Porém, o ministro Paulo Pimenta, da Secretaria Extraordinária da Presidência da República de Apoio à Reconstrução do Rio Grande do Sul, cobrou do gestor Salgado Filho flexibilidade para que o aeroporto seja reaberto o mais rápido possível.
“É necessário que a concessionária avance na discussão com o Ministério dos Portos e Aeroportos, a Advocacia-Geral da União e a Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) para restabelecer o equilíbrio do contrato. para que o trabalho seja acelerado e avance Nada pode ser motivo para atrasar ainda mais o que é estratégico e fundamental”, frisou.
Estagiários sob supervisão de Fabio Grecchi
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