Segundo a ministra da Saúde, Nísia Trindade, a meta do governo federal é ampliar a cobertura de saúde bucal do país – atualmente em 45% – para pelo menos 70%. O objetivo, assim como os índices, foram divulgados por ela nesta quinta-feira (13/6), durante evento comemorativo dos 20 anos da Política Nacional de Saúde Bucal, em Brasília.
A cobertura de saúde bucal representa, em termos percentuais, a parcela da população que tem acesso aos serviços de saúde bucal por meio do Sistema Único de Saúde (SUS). Portanto, 45% da população tem atualmente esse acesso, número que o governo busca ampliar em pelo menos mais 30%.
O ministro avaliou que o atual nível de cobertura só foi possível devido à prioridade dada pelo governo federal a esta política no orçamento. Nísia Trindade afirmou ainda que a conquista não teria sido possível sem a realização de um trabalho de recomposição orçamentária ao final da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 95 — que estabeleceu o teto para os gastos públicos.
“Hoje, temos R$ 4,3 bilhões de investimento, no ano de 2024, em saúde bucal, o que representa um crescimento de 123% em relação a 2023. Esse é um importante indicador de prioridade”, completou.
Segundo o Ministério da Saúde, este montante permitiu a implementação de mais de seis mil equipas de saúde oral e 100 Centros de Especialidades Dentárias, além da aquisição de 300 Unidades Dentárias Móveis.
Menos cáries
A cárie dentária é o principal problema de saúde bucal enfrentado pelos brasileiros há décadas, segundo o ministério. A Pesquisa Nacional de Saúde Bucal, divulgada em 2010, mostrou que a taxa de cáries entre crianças de 12 anos era de 56%.
A pesquisa Saúde Oral Brasil 2020/2023, cujos dados foram divulgados nesta quinta-feira, mostrou que 47% das crianças de cinco anos entrevistadas tinham cárie. A taxa atual representa uma queda de 14% em relação a 2010, quando 53,4% das crianças de cinco anos apresentavam cárie.
O estudo ouviu e examinou mais de 40 mil pessoas —incluindo 7.198 crianças— nas 27 capitais e em outros 403 municípios. A pesquisa destacou aumento no número de crianças de 5 anos livres de cárie, entre 2010 e 2023, no Sul (40,7%), Sudeste (21,9%), Nordeste (17,1%) e Norte (11,2%). ), tanto nas capitais como nas cidades do interior. O Centro-Oeste foi a única região que apresentou queda no índice, passando de 38,8% para 37,9%.
*Estagiário sob supervisão de
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