Ontem, o Senado aprovou o Projeto de Lei (PL) 5.230/23, que reformula o Novo Ensino Médio, em votação simbólica. As principais mudanças no texto que saiu da Câmara são o aumento de 2.100 para 2.400 horas em disciplinas obrigatórias — como português, matemática, ciências — e a inclusão do espanhol como terceira língua. No modelo atual, são 1,8 mil horas para a Base Curricular Comum e outras 1,2 mil para disciplinas optativas dos roteiros temáticos, que também foram alterados.
O relatório da senadora professora Dorinha Seabra (União-TO) havia sido aprovado anteriormente, na Comissão de Educação, e a expectativa era que fosse hoje ao plenário, apesar do regime de urgência. Porém, como houve consenso entre as bancadas, foi incluído na pauta de votação —e aprovado sem problemas. Devido às mudanças promovidas pelo Senado, o assunto volta à Câmara.
Segundo a senadora Teresa Leitão (PT-PE), o PL que reformula o Novo Ensino Médio põe fim às distorções. “Os roteiros de formação profissional não serão mais invenções, serão vinculados ao catálogo geral de ocupações. Você não vai mais fazer brigadeiro gourmet ou roupa infantil. São coisas que a gente sabe que geram uma cadeia produtiva, mas não são profissões, são coisas são ocupações Agora, os roteiros terão esse vínculo com a formação profissional e caberá aos sistemas estaduais oferecer pelo menos dois roteiros”, explicou o parlamentar, que participou da elaboração do texto — que chegou ao Congresso proposto pelo Ministério da Educação (MEC). ), após debates na Conferência Nacional de Educação (Conae).
Teresa classificou o aumento das disciplinas obrigatórias como “a maior vitória deste relatório”. Ela acredita que o novo texto atende ao pedido do movimento estudantil, que desde o início do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva defende a revogação do formato atual do Novo Ensino Médio —e exige a implementação de uma reforma.
Marcelo Acácio, diretor de relações institucionais da União Nacional dos Estudantes (UNE), considerou positiva a redação final do PL. “Conseguimos avançar no que queríamos, principalmente as 2.400 horas e a inclusão do espanhol como terceira língua”, observou.
Hugo Silva, presidente da União Brasileira dos Estudantes Secundários (Ubes), acrescentou que “vamos ir de consultório em consultório e apresentar a opinião dos alunos, porque precisamos de celeridade nesse processo. Se quisermos chegar no próximo ano com ensino médio como nós, precisamos garantir que o modelo atual seja revogado em breve.”
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