Por Ana Luiza Soares*
O Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) prestou denúncia contra um homem que utilizou a expressão “neguinha” para se referir a um aluno do curso de educação física da Universidade Federal de Viçosa (UFV).
O MPMG também pediu a fixação de multa mínima de R$ 10 mil por danos morais coletivos. A mulher foi vítima de insultos raciais em um grupo de WhatsApp da turma. Nesta quinta-feira (27/6), será realizada audiência sugerida pela diretoria docente da UFV, com a comissão que investiga o ocorrido.
O caso aconteceu no dia 13 de dezembro do ano passado, quando o aluno denunciado enviou uma pergunta ao grupo. “Ele perguntou se a disciplina de citologia e histologia era pré-requisito ou não para fisiologia do exercício. Como sou bolsista na secretaria da escola, respondi que era, já que, na matriz anterior, também era. isso mudou”, diz o estudante. Então, outro membro respondeu “não”. Para não adiar a discussão, ela enviou a matriz curricular da disciplina e saiu do grupo.
No dia 15, uma colega mostrou a ela um print da conversa, mostrando que um dos integrantes do grupo, no caso o denunciado pelo MPMG, postou a seguinte mensagem: “Desgraçado, negro filho da puta, você acha que sabe tudo”. Em seguida, acrescentou: “Arrombada chamou a polícia na casa dela, deu uma dor de cabeça enorme; agora ela está incomodando o grupo; vou jogar cocô de cachorro pela janela dela”.
Anteriormente, a vítima havia pedido apoio à polícia, pois é vizinha dos agressores e muitas vezes tem que lidar com o desconforto da música alta no local onde moram.
Ainda no dia 15, a vítima conta que o estudante entrou em contato com ela para pedir desculpas. “Ele me mandou uma mensagem pedindo desculpas depois que eu disse no grupo de WhatsApp que racismo é crime. Um dia depois ele me pediu ajuda com o plano de estudos. , relata o aluno.
Ela registrou boletim de ocorrência e tentou denunciar na delegacia de Florestal, mas sem sucesso. Por isso, ela decidiu ir ao MPMG de Juatuba, onde conseguiu prestar seu primeiro depoimento. Somente no dia 7 deste mês a delegacia abriu investigação.
Também foi aberto um processo dentro da UFV. “Enviei a primeira carta de reclamação no dia 20 de dezembro e não obtive resposta. Abri então reclamação no Fala.BR do Governo Federal com a ajuda de um professor. A universidade voltou solicitando investigação sobre a Florestal, mas a secretária do diretor do campus não o fez. responder enviou o processo ao presidente da comissão”, relata.
Segundo a estudante, a secretária aconselhou-a a “deixar passar e não esperar justiça, porque não haveria justiça”. Após muita insistência, o processo foi enviado e o aluno foi informado sobre os membros da comissão e a reunião foi marcada para esta quinta-feira (27/6). “Darei minha primeira declaração na faculdade nesta reunião.”
O MPMG também sugeriu o pagamento de multa de R$ 10 mil à vítima.
*Estagiário sob supervisão do subeditor Thiago Prata
Você gostou do artigo? Escolha como acompanhar as principais notícias do Correio:
Dê sua opinião! O Correio tem espaço na edição impressa para publicar a opinião dos leitores através do e-mail sredat.df@dabr.com.br
ra soluções financeiras
blue cartao
empresa de crédito consignado
download picpay
brx br
whatsapp bleu
cartão consignado pan como funciona
simulador crédito consignado
como funciona o cartão consignado pan
ajuda picpay.com